quarta-feira, 25 de julho de 2007

governo de filha da puta

Não preciso nem explicar o título do post.
Da Folha Online (25/07/07) :

Governo libera captação de quase R$ 1 mi para DVD de Vanessa da Mata
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u314884.shtml


Morte ao PT, morte ao Lula, morte à promiscuidade estado-dinheiro, morte aos grandes picaretas da música.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Mistura Azeitada


Velvet Revolver mostra diversidade coesa no segundo álbum


Mais de 3 anos depois do pesado "Contraband", chegou às lojas na primeira semana de julho "Liberdad" o segundo lançamento da banda Velvet Revolver, formada pelo ex vocalista do Stone Temple Pilots, Scott Weiland, e os ex Guns and Roses e amigos Slash, Duff e Matt Sorum, respectivamente, guitarra solo, baixo e bateria , além do guitarrista solo Dave Kushner.

O que chama a atenção no segundo trabalho da banda é o entrosamento da banda, em um nível claramente maior que no álbum anterior. Apesar do álbum anterior já mostrar uma identidade, o som que predominava era claramente pesado, oque , na minha interpretação, parecia um pouco de receio, ou falta de prática para ousar mais, e colocar em prática oque os ex guns and roses e o ex vocalista do stone temple pilots melhor desenvolveram no passado de suas ex bandas. Com exceção da balada melosa "Fall to pieces", que cheirava a sobra de algum dos Use Your Illusion do Guns and Roses, ou sobra da banda de Slash, Slash´s Snakepit; e da boa balada "You got no Right", oque ouvi foi a falta que Izzy Stradlin (ex GNR) fez na banda como guitarra base, já que a base pesada é do Ex Guitarrista da também pesada banda Suicidal Tendences, Dave Kushner.

Em Liberdad, a banda se permite experimentar uma gama de estilos, misturar décadas, e reviver o melhor do passado de seus ex integrantes.

O álbum faixa a faixa

A pancada que abre o álbum, "Let it Roll", mostra uma evolução interessante da banda. Apesar de pesada, a música ganha ritmo em detrimento do peso, e mais faz lembrar uma canção psycobilly com peso de suicidal tendences na base. Scott abre o disco com vocais que remetem a Jim Morrinson, tal qual já fez em "Atlanta" , do álbum N.º 4 do STP e no refrão apresenta sua voz característicamente rouca que aprendeu a fazer desde o clássico "Tiny Music..." do STP, de 1996. Slash sola a vontade e despreocupadamente, nesta música própria para abrir o álbum.

A segunda canção do álbum abre com uma cozinha oitentista e pop, o que mostra uma novidade de Duff e Matt, acostumados a fazer um som mais pesado nos anos 80 com bandas punk (Duff) e com maior peso do The Cult (Matt), além de, é claro, o Guns n Roses. "She Mine" mostra também Scott cantando o que melhor aprendeu nos últimos anos com o STP em músicas como "I Got You" e "Too cool Quenie" do STP: refrões deliciosamente pops, como poucos sabem fazer hoje. Uma lição para as bandas estreantes do Brasil, que, salvo raras exceções, quando fazem pop só sabem repetir o New Wave dos anos 80 ou fazem o som de "auto-ajuda" Emocore. Nos refrões vemos, além do vocal grudante e rouco de Scott, que realiza muito bem repetições bem colocadas aqui e por tudo álbum, uma evolução que cresce no refrão. É o VR finalmente colocando em prática o que aprenderam nos álbuns anteriores de suas ex bandas.

"Get out the Door", a terceira faixa, abre com vocal bem encaixado nas guitarras nas estrofes, evoluindo para os já referidos refrões pop, e mostra um Scott mais a vontade com a banda, pronto a criar novas manias, tal como Axl fez com o GNR quando se sentiu mais a vontade com a banda, no caso, também no segundo álbum, o já clássico "Apetitte for Destruction". No entanto, os "a-hau" de Scott são originais, e mostram mais uma vez que a banda está numa boa fase de criatividade e intimidade sonora entre os integrantes. A palavra que me veio à cabeça ouvindo essa música serve como retrato da banda hoje: azeitada.

"She builds Qucik Machines" abre com um riff de guitarra com qualidade sonora de rádio de pilha, e parece mostrar que os guitarristas da banda realmente curtiram o primeiro álbum do STP de tanto tocar covers como "Crackerman" nos shows. Os riffs são pesados como os compostos pelos irmãos no início dos anos 90; mas os vocais são de Scott dos anos 00, com backing vocais (possivelmente de Duff e Matt, mais bem entrosados com Scott). A música, que faz lembrar Slither do álbum anterior, é melhor, com repetições no vocal de Scott que culminam no solo de Slash. A faixa já possui clipe (já disponível no You tube mais próximo de sua casa).

A primeira vez que ouvi a quinta faixa, "The Last Flight", foi em um trecho do blog da banda, enquanto estavam gravando o álbum. na ocasião, mostrei para meu irmão Gustavo e para nosso amigo Drudi, e o trecho não me saía da cabeça. Na época, eu e Drudi estávamos ouvindo mais "Army of Anyone", álbum homônimo da banda dos responsáveis pelas cordas do STP, os irmãos De Leo. Posso dizer com satisfação que a versão final ficou muito boa, e é muito bom ouvi-la inteira. Last Flight, que fala de um soldado indo para a guerra, começa com uma bateria que mais parece uma marcha de guerra. Guitarra e violão acompanham bem esta melodia inspirada, que conta com bons momentos de Slash. Repetições de Scott, um belo riff melódico, backing vocals que permeiam toda a canção, estrofes que crescem para o refrão fazem desta canção meu petardo favorito no álbum.

"Pills, Demons & etc" começa com um riff hendrixiano de Slash a la "always on the run", uma bateria requebrada e uma segunda guitarra que remete a um saxofone, e é também mais uma canção que mostra Scott falando de drogas de uma maneira pop tanto nas estrofes como refrão. Novas manias de Scott aparecem durante a música, como alguns backings de "u-hu" ocasionais. Desta vez, parece que Scott não faz apologia como em "Too Cool Quenie", a música pop de drogas do STP. Scott fala como alguém que já passou por isso e quer dar um chacoalhão, oque não é mera ficção: seu irmão morreu de overdose recentemente, o que parece ter mexido com o vocalista e sua relação com drogas.

"American man" começa com um baixo bem Duffniano, e evolue para uma bela parede de guitarras. A voz de ritmo, a batida de fundo parece estranhamente diferente (mexicana, espanhola? alguém sabe qual é o nome do instrumento que faz estes can cans de fundo?). Aqui, a guitarra de slash "chora" pela primeira vez no VR, que remete a um monumento às saudades do GNR, uma qualidade blues dos tempos de sua ex banda, especialmente do álbum USYII). Estranhamente, quando chega no refrão podemos perceber de alguma maneira que a música é bem "american man".

A faixa seguinte , uma surpresa, oque seria aquilo? Glam Rock? New York Dolls? "Mary Mary" consegue ser pop, glam, deliciosa e setentista. A essa altura percebemos que Scott conseguiu equilibrar , durante o álbum, algo que só conseguiu fazer em algumas faixas dos últimos álbuns do STP e no primeiro do VR: estrofes e refrões pop na mesma canção, oque contribui para tornar este álbum memorável.

A próxima faixa guarda uma surpresa boa (pelo menos para mim): é a primeira faixa Road Rock da banda! "Just Sixteen" serve para esfregar na cara de Dinho Ouro Preto o que é uma letra sobre esta idade, e apesar da bateria oitentista (de rock clichê da época mesmo) nada deve a boas canções road rock de bandas como black crowes e o próprio GNR.

"Get out of my head" rende uma homenagem ao som brega-romântico dos 70-80, apesar dos riffs bem bolados do início soarem muito bem anos 90. Se bem explorada pelas rádios e jabás de plantão, renderá a trilha sonora de muitos casais, ficantes e romances ocasionais de plantão. Quem nunca ficou apaixonado a ponto de pensar coisas como "I Can´t get it out of my head", mesmo que por breves segundos aos mais frios? Slash cumpre bem sua parte brega, já observada antes por fãs atentos do GNR na cover brega de "Since I don´t have you", cometida pela banda no álbum de covers "Spaghetti Incident".

"For a Brother" começa com riffs pesados e vocais pops, quebrados, e o que pode soar um pouco chato comparada ao início do álbum, te quebra ao meio se você sabe sua história, ligada ao irmão morto de Scott: Scott canta "Give it up a hand for a brother"... o que mais dizer? É triste, ressentida, e verdadeira. Fazendo um paralelo: muita gente acha "Love Boat Captain" do Pearl jam chata, mas ouse falar mal dessa música para fãs da banda como o Danilinho. Saiba a história da música, e depois opine.

Em "Spay", o baixo punk e a guitarra do começo até fazem lembrar as músicas do álbum anterior da banda, mas quando entra o vocal e as guitarras ficam mais rápidas e um pouco menos encorpadas, se você prestar atenção, uma surpresa pode aparecer com o tempo nos seus ouvidos: a música remete um pouco a Nirvana. O que não é surpresa, dado que a banda tocou no primeiro ano da sua turnê várias vezes "Negative Creep" do Nirvana. Isso até o segundo refrão, mais perto do final da música, onde entre o pop grudento de scott, que culmina no solo de slash. Tente esquecer o encorpado da guitarra de slash e tire suas conclusões.

Depois de tantas boas surpresas, o álbum (quase) fecha com "Gravedancer", uma música noventista, até agora tento me lembrar o que ela faz lembrar, alguma música que não virou single do Silverchair, Collective Soul ou Live, bandas do segundo escalão dos anos 90. Apesar disso, é uma boa canção, com os backings de Duff (e Matt?) e pequenas distorções hendrixianas de guitarra, que entendedores como o Jardel devem perceber melhor. Mas a surpresa final fica com uma faixa escondida. Após alguns segundos de silêncio, começa uma canção...Country! Oque temos aqui? Johnny Cash? "Don't Drop That Dime" conta com pianos, provavelmente do produtor de longa data do Pearl Jam e Stone Temple Pilots Brendan O´Brien, que deixa as bandas bem a vontade para fazer seu som e costuma ainda ajudar nos instrumentos. Brendan é conhecido por suas colaborações no piano dos álbuns que produz,. Ele também pega no piano no álbum final do STP, "Shangri-la...", de 2001, e na faixa final de "No Code", álbum do Pearl Jam de 1996.

Na versão que baixei também vem uma surpresa engraçada para quem já ouviu o som: uma cover de "Psycokiller", da banda dos anos 80 Talking Heads. Eu mesmo achava que não conhecia a música, mas basta vir o refrão para vocês pereceberem que boa parte de vocês a conhece.
Publicado a partir de : Lan House em Santa Maria, RS, 2 graus positivos

terça-feira, 3 de julho de 2007

De férias

Pessoal,

Cá estou eu de férias em numa lan house qualquer da vida. Viajo semana que vem, e estou ancioso pra postar, depois da viagem, já que estou numa correria pré viagem. O Novo do VR é bom, e quero escrever sobre ele. O tempo se esgota, e aqui vou eu.

Dicas: As temporadas de scrubs e mediu estao ótimas, além de House e CSI, é claro....