quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Maldita "John Legend - P.D.A. (We Just Don't Care)"

Cá estou eu trampando até tarde aqui de novo. Já devo ter comentado que a Alfa, ou qqr rádio mela cueca que eles deixam de fundo aqui deve ser gravada, não é possível. E dentre as músicas que eu mais odio está a título deste post. Que porcaria d emela cueca. Musiquinha sem vergonha, uma verdadeira ode à má vontade. O cara nem canta, ele arrasta a voz, tamanho o pouco caso. Este cara merece um pescotapa por ter composto tamanha obra!

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

90´s

Percebi hoje que venho usando com frequência a expressão "isso é muito anos 90". É comum vermos uma infinidade de citações, coletâneas e materiais sobre os anos 80, por exemplo. Os estereótipos são fáceis: a década perdida, de produção cultural pobre, roupas coloridas, Aids e o final da cortina de ferro. Para os anos 90 não ficam tão claros, ninguém comenta muito.

É estranho não saber os símbolos da década em que fomos crianças, adolescentes, descobrimos o mundo e começamos a nos interessar por música.

Aguardo de vocês comentários dos símbolos culturais (música também, claro) dos anos 90. Não vale "Smell Like Teen Spirits".

Talvez a partir de 2011 a gente tenha um revival dos 90´s.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

SEATTLE NIGHT, Ledslay, 09-02-08





















Começo este post pedindo perdão aos amigos Danilinho e Fernando pelo correr da hora, eu havia me esquecido deste show marcado e de chamá-los, no próximo, dia 29 de março, neste mesmo local, ambos estão convidados.

Começando: Há algum tempo, tenho notado um movimento alternativo de bandas covers de grunge, não apenas de Pearl Jam, pipocando na cidade. Interlagos, ABC, Zona Leste, Centro, cada vez mais temos mais "Seattle Nights" em bares espalhados pela cidade. Para quem não entendeu eu explico: Seattle Nights são noites dedicadas apenas à bandas covers de Grunge e derivados, tal qual Bush, Foo Fighters e Silverchair. A grande curiosidade das Seattle Nights é o público: uma molecada adolescente que conhece muito bem as letras, dança em músicas deprimente-defunto como se fossem músicas do Ramones, e não viu estas bandas nos áureos tempos que seus clipes pipocavam na MTV.

Sobre a Led: A última vez que eu havia entrado na Ledslay, casa de rock localizada na Av Celso Garcia, ZL de São Paulo, foi nos meus idos tempos de Liceu, há 10 ou 11 anos atrás. Naquela época, a Led era frequentada por grupos mais tradicionais, motoqueiros, brigões com roupas de couro brigando com garrafas de cerveja tal qual nos filmes trash roqueiros dos anos 80 que passavam no SBT. Na área externa, havia uma mesa de sinuca e roqueiros barbudos velhões brigavam de sair na porrada mesmo. Na enorme pista, havia apenas um globo "disco music", sem qualquer DJ (pelo menos aparentemente), e cabeludos balançavam a cabeça em direção ao globo, louvando-o ao som de Iron, Motorhead e afins. Definitivamente, não era lugar pra moleque.

Passados mais de 10 anos, o cenário é outro: O globo continua lá, mas a pista já não é vazia. A Ledslay é dominada por uma garotada na faixa dos 18 anos (não passa muito disso), alguns com visual emo, muitos outros com camisetas de bandas de seatlle, tinha até camiseta do Mother Love Bone. Parece que um verdadeiro furacão (ops, plano de marketing) passou por lá e remodelou o lugar. Hoje, a Led é um local para os pais das crianças deixarem seus filhos à vontade, há um bar decente no meio da pista, com direito a geladeiras patrocinadas (Nova Schin e as boas), iluminação ambiente, e até uma cachoeira (?!) fake. O cimento batido deu lugar a uma balada de rock confortável. Na pista, alguns públicos bem definidos: casais de no máximo 21 anos, meninas novas (teriam elas 18???) de 1,40 m de altura no máximo, andando juntas, dançando músicas depressivas de Seattle como rodinhas de músicas da Xuxa em baladas Trash 80's, e, bizarramente, (não sei como explicar), dezenas de duplas de meninas formadas por uma magra e uma gorda cada (não me perguntem porque). Um fenômeno a ser estudado.

Cheguei no local às 22 horas + ou -, a banda cover de Bush, "Paradox Scene", havia começado a tocar, e o som de "Machinehead" o rock rolava solto. A banda fez um set bem bacana, com músicas dos meus álbuns prediletos do Bush, o primeiro e o último, teve até "Float" do último álbum dos caras, uma das minhas prediletas, e "Comedown", do primeiro, que me fez gostar da banda. Os caras tocavam muito bem, e foram bem profissionais. Teve até canja de "Glycerine" antes de Comedown, tal qual Gavin Rossdale, vocalista do Bush, chegou a fazer em alguns shows da banda em meados dos anos 90.

A banda seguinte, cover de STP, não merece grandes linhas. Vale uma menção honrosa por ter coragem de subir ao palco com bandas tão boas como as colegas. Parece que começaram agora. Boa sorte aos caras.

"Aurora", uma das minhas músicas favoritas do Foo Fighters, é o nome da banda cover do FF que subiu no palco na sequência. Em tempo:

1) Como foram muitas bandas (9), o setlist de cada banda foi bem reduzido.
2) Eles ainda vendem cereveja de garrafa pra tomar lá, mas os preços aumentaram (naturalmente) desde os idos tempos passados.

O show do FF foi bem balanceado, eles abriram com "All my life", tocaram músicas do Color and The Shape (Everlong), do TNLTL ("Breakout") e teve até espaço pra novidades, como "The Pretender" e "Long road to ruin", do último dos caras, resenhado neste blog. Era despedida de um vocalista e entrada de outro, então, eles tocaram com 3 guitarras.

A banda seguinte é a melhor de todas no meu gosto, e empata em fidelidade, paixão, e competência com a "Facilift", banda cover do Alice in Chains que carrega uma orda de fãs bem fiéis. O "Superunknown", banda cover do Soundgarden liderada pelo vocalista Rubens Loureiro, é um show de profissionalismo. Além da voz, potente e fiel, bem próxima à de Chris Cornell, e da guitarra, fiel e afinada como nos álbuns, a Superunknown concede um espetáculo de Soundgarden com um instrumental muito superior ao visto no show de Chris Cornell. Como homenagem ao show, Rubens e sua banda abriram com o mesmo set de músicas do início do show, com direito à "Sunshower", música da carreira solo do vocalista Chris Cornell, em versão instrumental antes de "Let me drown" esquentar a galera. O show foi excelente, e a saída do guitarrista líder da Mudhoney cover não fez falta. Tal qual Chris, a banda mandou um "Whatta' lotta love" do Led Zeppelin no encerramento, e teve também um pedaço da jam-defunto como a que Chris Cornell fez em seu Show em SP. Para quem não viu, vale muito a pena ver o show dos caras ao vivo.

A banda seguinte, Wargasm (L7 cover) foi bem divertida. As meninas mandaram bem ao vivo. Logo após as garotas, os caras do SuperFuzz (Mudhoney cover) se divertiram mais uma vez no palco. A única que eu conheço deles é "Touch me I'm sick", enfim.

Chegou a vez do Facelift. Eles são bastante profissionais, seguros de si e realmente gostam do AIC. O setlist deles não costuma variar muito, eles tocam muitas lados B desconhecidas que são admiradas pelos fãs da banda (não só do AIC, da banda cover mesmo!). O vocalista se parece fisicamente com Layne Stanley, e parece não se importar muito com qualquer coisa que não o show. Apesar dos admiradores de sua banda cover, o cara não é estrelinha. Ele atendeu à pedidos, parecia bem humorado e mandou uma "We die young". Nesta hora, a garotada mais nova deu lugar a marmanjos gigantes com sangue nos olhos pra porradaria na platéia. Um momento tenso. No final, o Facelift agradou a galera e tocou "Man in The Box" e "Would".

Os caras do Small town, banda cover de PJ que conta com integrantes do Superunknown, são bem profissionais. O show dos caras tem um som cheio, e há semelhanças engraçadas com o PJ. O vocalista faz caras e bocas como Eddie Vedder nos primeiros anos de banda, e o baixista, calvo, usa boné, e empina o baixo tal qual o baixista do PJ faz. Conseguiram agradar um fã chato de PJ (eu), com um set pouco óbvio. Abriram como "Comatose" do último ábum do Pearl Jam, tocaram "Alone" (lado B do Versus, presente na coletânia de lados B "Lost Dogs"), agradaram o grande público com clássicos como "Even Flow", "Daughter" e "Blood", dos primeiros álbuns do PJ, e , uma grande surpresa: fizeram uma cover muito bacana de "No rain" do Blind Mellow, uma surpresa para estas bandas, que se atém ao setlist (inclusive de covers) das bandas que representam.

A banda "In Utero", obviamente cover do Nirvana, foi a última a entrar no palco. Um "Kurt Cobain" magro, de óculos, e muito novo, parecia lembrar fotos de Kurt em Aberdeen, cidade natal do vocalista, combinado ao cabelo de Kurt no VMA's da MTV que eles tocaram Lithium. A voz do vocalista era bem fiel a de Kurt, e o baterista era muito bom.
A banda fez um set bem variado, com músicas dos álbuns "Bleach", "Nevermind", "Insceticide" e "In Utero", além de (chatas) Lados-b. 2 momentos que valem destaque: Quando começaram a gritar" quebra!" para que o vocalista quebrasse a guitara como Kurt, o vocal cover solta um "Quem vai pagar?". O segundo momento, no fim do show: a corda da guitarra do cara estoura, ele simplemente pede desculpas e as luzes se acendem. A garotada, que a esta altura já havia substituído os marmanjos na platéia do show do AIC, e que estava misturada aos casais do show do PJ, vai pra casa decepcionada. E a molecada deixa a noite grunge da Led sem ouvir o hino mór da coisa toda, "Smells like teen Spirit".

Ouvir muitas bandas que gosto, na mesma noite, bem fiéis por R$ 10,00: nada mal!

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