quinta-feira, 29 de março de 2007

sentado, em pé, ou deitado?

Um estranho diálogo sobre sobre Stevie Ray Vaughan protagonizado por dois dos participantes deste blog:

- cara, eu preciso parar pra ouvir steve ray vaughan, todo mundo comenta. qual é que é o lance?
- do stevie ray? é guitar blues cara, do melhor...
- ah, esse é o maluco que toca sentado?
- hahahaha não... ele tocava em pé, de costas, tudo quanto é jeito.
- mas tá vivo?
- o sentado e o cego...jeff healey.
- quem deu uma palhinha no show do BB king aqui no começo do ano?
- não pô... morreu de acidente de helicóptero em 1990.
- putz não me lembro.
- então, digamos que ele toca.... errrr... deitado ahehae.
- sim, a sete palmos.

Ouvindo: Stevie Ray Vaughan - Texas Flood

terça-feira, 27 de março de 2007

sou eu, Bola de Fogo

Com os últimos avanços da tecnologia qualquer pessoa pode ter mp3 em seu celular, isso significa que estamos livres de toques que se assemelham a despertadores paraguaios ou a trilha sonora do Tetris. Entretanto o que tenho visto é que as pessoas colocam o pior da música como toque de seus telefones móveis.

Por isso vamos ao desafio Bola de Fogo da semana:
- Qual a pior música que já ouviram como toque em um celular?

A melhor resposta ganha como prêmio a execução de cinco segundos do "ringtone" num futuro podcasting desse ilustre blog.

Valendo!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Covers de Estúdio!

Eu tenho uma certa fascinação quando o assunto é versões de bandas fodas, por bandas fodas.
Então segue uma pequena lista abaixo de alguns covers que eu lembrei, que durante minha vida até aqui, achei foda demais! Nada de vídeos do Youtube, ou links pra download. Prepare seu Emule, seu Kazaa ou seu soulseek, e mãos à obra!

Vale lembrar que são só as registradas em estudio abaixo. As ao vivo...fica pra próxima!

Bruce Dickinson – Sabbath Bloody Sabbath (Black Sabbath)
Concrete Blonde – Little Wing (Jimi Hendrix)
Megadeath – Paranoid (Black Sabbath)
Ben Harper – Strawberry Fields Forever (The Beatles)
Pearl Jam – Love, Reign O’er Me (The Who)
Guns And Roses – Mama Kin (Aerosmith)
BodyCount – Hey Joe (Jimi Hendrix)
Aerosmith – Helter Skelter (The Beatles)
Soundgarden – Come Together (The Beatles)
Eddie Vedder – You’ve got to Hide your love away (The Beatles)
Ramones – Substitute (The Who)
Joe Cocker – With a Little help from my friends (The Beatles)
Van Halen – Pretty Woman (Roy Orbison)
Jeff Ament (Pearl Jam) - I just want to have something to do (Ramones)
Faith no More – I Started a joke (Bee Gees)
Metallica – Die Die my Darling (Misfits)
Iron Maiden – Communication Breakdown (Led Zeppelin)
Kiss - Do you remember Rock n' Roll radio (Ramones)

Essas são algumas fodásticas que lembrei. Se notar a falta de alguma à lista, POR FAVOR, comente e indique!

Um abraço à todos!

Dan

Ao som de: Avião passando neste exato momento.

quarta-feira, 21 de março de 2007

cadê o retorno?! - parte 2 (Que Beleza!!)

Caras, quando esse blog nasceu e fui convidado a escrever nele, estava numa fase de acertos de contas com o Mr. Maia: a de ouvir o seu trabalho.

Antes, para mim parecia mais ou menos da forma como o Drudi descreveu. Eu era de um preconceito cego devido suas aparições em programas de sábado à tarde da década de 80 (quando ele não dava cano é claro..rs) e trilhas de novelas da Globo.

Achava o esteriótipo exagerado e isso me fez por muito tempo não valorizar e nem ir atrás de mais infos sobre o artista.

Acho que é de bem pouco atrás que veio à tona uma espécie de "movimento" que procura resgatar o valor de nossa música, sobretudo a música MPB-black, o soul e sobretudo na juventude atual (lembro na época da facu, era geral ir em sambarocks e muita gente que eu conheci que estava descobrindo os trabalhos de artistas desse gênero). Acho na minha opinião que aquela turma de filhos e amigos-dos-filhos de Old-Boys da MPB foram responsáveis...Jair, Simoninha, Max de Castro, etc..

Bem, estava ouvindo o Racional Vol. 1 e 2 e cara, chapei!. Produção instrumental ducacete, redonda, soul afinado com a alma, o jogo de metais certero, a GUITARRA setentista e músicas como "Bom Senso", "Que Beleza", "Cultura Racional", "Que legal" e "O Caminho do Bem" em suas versões originais e perfeitas. Percebi o quanto já havia ouvido este camarda por ai. Seja em covers, no filme Cidade de Deus e até em sampler do grupo Racionais MCs ("Ela partiu"), ele sempre esteve por aí espalhando sua influência. Me senti até mal porque deveria conhecer esse álbum há muito tempo.

Eu já tinha ouvido falar do play, mas só fui atrás de ouvir por causa de uma notícia que eu li e que me deixou curioso: 18.000 pessoas assistiram a um show da banda Instituto no festival RecBeat em Recife em pleno Carnaval 2007, que fez um show histórico com as músicas do álbum Racional do Tim Maia.

http://noticias.uol.com.br/carnaval/2007/ultnot/ult4338u276.jhtm

Depois dessa "adquiri" as músicas e aí...e aííí´....e aíííííí!!!!!

Júlio, não escrevi como comentário no post porque vide a importância do negão, achei que merecia um post e tambem eu estava pensando em me aprofundar no álbum num post também, que para mim, resumidamente, foi uma experiência e tanto!

Ouvindo: Frank Zappa - Po-Jama People (Álbum: One Size fits All)

terça-feira, 20 de março de 2007

Welcome Pingolove!

Sem atropelar o post do julião, só pra avisar que o volante/zagueiro do amor está na área e é "postador" daqui pra frente! Sim, ele aceitou.

"alguém quer fofura?" heheahaehaehaehae

cadê o retorno?!

Semana passada fez nove anos que Tim Maia se foi. Acredito que não tenha um brasileiro que não saiba cantar um de seus sucessos. Quando ele era vivo, muito mais do que conhecer suas músicas, eu me interessava pelas entrevistas que dava. As histórias sobre a juventude maluca nos Estados Unidos durante a década de sessenta e depois da fama, as aventuras com camareiras de hotéis eram impagáveis.
Costumava dizer que sempre sofreu muito por amor durante a vida. Talvez por conhecimento de causa podia escrever coisas tão simples e tão boas:

Vou pedir pra você gostar
Vou pedir pra você me amar
Eu te amo
Eu te adoro, meu amor!


Pra quem gosta das músicas e quer saber mais sobre ele, no segundo semestre desse ano deve sair a biografia de Tim Maia escrita por Nelson Motta. O título: "Vale tudo – o som e a fúria de Tim Maia". Imperdível.

Ouvindo: Não Quero Dinheiro (Tim Maia)

Don´t let the blog down

Chamei o pingolé pra postar também... vamos ver se o mal humor do ogro amolece ao ver o meu invite e ele venha escrever um pouco sobre o Kiss. Dijo, morreu mesmo né? Pra escrever no blog não é que nem marcar de encontrar os amigos, é bem mais simples, da pra fazer do trampo... Bolonha, esqueça as australianas de biquini e ajude-nos a alimentar este modesto blog.

Em breve o podcast ;)

Abrax

Ouvindo: Blue Feelling - The Animals

quinta-feira, 15 de março de 2007

MÚSICAS DE PROTESTO pt1- Guerra.

Quem me conhece, sabe o peso que uma música ganha em meus ouvidos, quando tem um tema de protesto, e neste caso mais especificamente, a Guerra!

Eu não tenho muito tempo agora para me prolongar em fatos históricos, mas vou selecionar e apresentar aqui, algumas músicas que pra mim são sensacionais e tocantes com esse assunto de background.

A lista abaixo, não deve ser encarada como uma ordem de melhor pra pior. São fodas na minha opinião e ponto final!

1- Black Sabbath - War Pigs



2- Bob Dylan/Pearl Jam - Masters of War

Bob Dylan


Pearl Jam


3- Iron Maiden - Afraid to shoot strangers



4- Bob Marley - War



5- Edwin Starr - War



6- Guns and Roses- Civil War



7- Pearl Jam- Insignificance



8- John Lennon - Gimme some truth



9- Pearl Jam - Worldwide Suicide



10- System of a Down - Boom



11- Rage against the machine- Killing in the Name



12-Creedence Clearwater Revival - Fortunate Son



13-Jimi Hendrix - Machine Gun



14-Dead Kennedy's - Holiday in Cambodia



15-Dead Kennedy's - Bleed for Me!



16-Pearl Jam - Bu$hleaguer




É isso ae galera.
Se quiserem adicionar algo à lista, será muito bem vindo.
Com certeza haverá a parte 2 deste post.

Qual dessas vc acha a mais foda?
Só peço que vejam Bushleaguer...pois mostra muito bem um dos pq Pearl Jam é foda.


Um abraço e até a Próxima!

(ao som de: "passarinhos do quintal").

terça-feira, 13 de março de 2007

shows

Para voltarmos ao foco do blog e nos recuperarmos do post "Therma Pro" do Wagnão, vamos falar de uma coisa que todo mundo gosta aqui: performance ao vivo!

Faz um tempinho que não vou à algum show. O último (eu acho) foi Chico Buarque na turnê Carioca. O próximo que eu gostaria de ir é o Aerosmith, com abertura de Velvet Revolver, mas já acabaram os ingressos de meia entrada. Portanto, estou fora dessa. Gastar uma bala pra ficar horas em pé e talvez assistir de muito longe não vale a pena. O curioso dessa apresentação é que o Brasil foi escolhido justamente por ser garantia de casa cheia e público empolgado. Pros já baleados tiozinhos da banda, é praticamente uma injeção de efedrina. Isso te lembra algo, caro leitor?
Ainda falando da meia entrada, a organizadora deste show reservou apenas 30% da cota para estudantes. O que é ilegal. Vai Brasil!

Outra banda dos anos 70 que volta a estrada é o Genesis. O nome da turnê é "Turn It On Again", um dos clássicos do grupo. No verão do hemisfério norte farão shows nos Estados Unidos e Canadá. Ah, o que eu não daria pra ver eles ao vivo :(


Outros eventos interessantes:
- Roger Waters 24/03
- Placebo 27/03
- Bad Religion 14/04 (esse vale a pena!)

Pra fechar o papo sobre show, o que rola na net essa semana é o boato que Guns N´Roses pinta por aqui com supostos shows em Porto Alegre, Rio e São Paulo no mês de maio. Seria a "Chinese Democracy World Tour 2007". Nome pomposo, vamos ver se vem mesmo. Island Island of Love Madagascar...

domingo, 11 de março de 2007

Bush parte 3 - New times, newq tools...

O que mais me irrita nestes ativistas de araque, como o Julio citou e o Drudi dissertou, é não saber oque há lá: atitude poser (vide minutinhos de fama - vejam o caso da atriz-modelo-pretensa atriz pornô loira de nome esquecível que posou nua na avenida, como que num carnaval, quis "protestar" contra bush..impagavel a expressão do policial ao olhar o corpo da moça..alguma vantagem essa profissão tem que ter!) ou burrice, burrice mesmo.

Atitude poser é incomentável. Vamos deixá-la a cargo do Massacration, que pelo menos é mais divertido que tudo isso aí. Focando na burrice, mais uma vez desenterro René Decartes. Sim, porque se existe qualquer intenção real de mobilização, que mudem os métodos! Estes não funcionam mais! Só serve para mostrar nossos McDonalds a CNN e ao resto do mundo para eles verem como (continuamos) a nos alimentar mal! (continuamos=média da população urbana com renda e sem tento pra tanto). E ninguém melhor pra explicar métodos que o mestre do racionalismo, de quem tiramos a expressão cartesianismo.

Vamos ao exemplo recente sessentista-setentistadas revoluçõe urbanas na América Latina nas décadas de 30 e , posteriormente, nas idas de 60 e 70. Ao perceber que nada adiantaria realziar passeatas como as senhoras de Santana, a moçada pegou em armas. Deu certo (?) em outros países, aqui só impôs o getulismo, e nos 60-70 quem venceu a batalha foram os fardados mesmo. Não estou falando que devemos pegar em armas, mas, ativistas de araque, repensem os métodos!

Temos internet, you tube, blogs, e diversas maneiras de nos comunicar que, se realizadas com sucesso, podem fazer a diferença sim. Aliás, diferen$$$a. Porque é mechendo no $$$ dos malditos que alguém pensa em fazer alguma coisa. Aí indagamos estes corajosos:

1) Vocês teriam criatividade e inteligência suficientepara mudar os métodos?
2) Conseguindo e fazendo dinheiro com isso, vocês teriam culhão de não vender nsua idéia poderosa para uma google da vida?
3) Será possível que vocês não percebem que bem que vocês poderiam estar fritando hamburgueres e atendendo clientes mal educados para sustentar suas famílias?

Drudi e Julio, comtados aqui. Abraços!

Ouvindo: Izzy Stradlin (ex guitarrista do GNR, em som típicamente rollingstoniano): "Gotta say"

sexta-feira, 9 de março de 2007

a solução é alugar o Brasil

O Drudi é apolítico, mas sabe argumentar e compreender fatos. Infelizmente, grande parte dos políticos e da população brasileira não têm essas habilidades. De cara o que mais me irrita nessa visita não é o visitante em si, mas sim o nó que ele dá no nosso já caótico trânsito (respaldado pelo município que aceita exigências absurdas) e essas manifestações de estudantes e vagabundos pela cidade.

Manifestantes fecham avenidas, criam confrontos com feridos e atacam policiais e atendentes do Mc Donald´s. Estes mesmos que ralam para ganhar um salário de merda, são desamparados pelo estado e teriam muito mais motivo e direito de fazer um oba-oba desses. Tenho ódio desses ativistas de araque. Por mim poderiam ir todos morar em Cuba e depois descobrir o gostinho de viver em uma ditadura. Bandidos de marca maior como Hugo Chavez vivem sambando em território nacional e não vemos nenhuma reclamação. A prioridade de reclamações do brasileiro é absolutamente imcompreensível.

Não me incomoda o alcoólatra do Texas vir discutir negócios por aqui. Sendo ele uma boa pessoa ou não, são assuntos estratégicos. E aí que está o problema. Nosso executivo e legislativo não possuem nenhuma capacidade moral ou experiência para discutir algo tão importante. A questão não é somente virar um parceiro comercial do U, S and A e sim discutir:
- Vamos continuar aceitando os usineiros desmatar nossas florestas pra plantar cana de áçucar?
- Vamos virar reféns deles?
- Vamos conseguir controlar os poluentes emitidos na produção do álcool? Sim, produzir álcool não é um processo limpo.
- Vamos trocar a plantação de outros alimentos por mais cana-de-áçucar e piorar ainda mais a distribuição de alimentos no Brasil?
- Quanto vai custar? Pra nós, pra eles, pra natureza?

É... jogo duro!

Ouvindo: Neil Young - Keep On Rockin´In The Free World (a great sound track for George W. Bush)

quinta-feira, 8 de março de 2007

Memories can´t wait...anymore!!

Uhu! Titio Jardas plugado e pronto pra ligar o vintage valvulado!
Antes de mais algumas coisas, queria comentar o quanto é empolgante transpôr neste espaço um assunto que faz parte de nossas vidas tão profundamente quanto a Música, e fazer dele uma extensão de nossas conversas - que tivemos e temos entre si, ademais com nossos outros amigos de lá, de cá e de qualquer outro lugar...(!)

Para meu primeiro post, peguei o título de uma música do Living Colour fodazza chamada de...(bem, vide acima... rs*). Acho que o título representa um pouco do que tenho a dizer aqui no blog e de minhas/ nossas influências. São muitas memórias que vêm à tona e tem a ver com aquela balada, (que só não foi mais perdida porque tinha "aquele" som para curtir), aquela visita na casa do amigo que não estava em casa (mas que valeu só pela música que tocou na rádio no velho walkman durante o trajeto), da peleja de grana, suor, sangue e lágrima para ficar no melhor lugar da pista durante show (e ainda assim ser esmagado), e por aí vai...uma infinidade de outras viajens sonoras...


Essa é um dos petardos do álbum Vivid, de 1988 e pra quem não conheçe,é o primeiro álbum da banda, e que já veio recheado de clássicos como "Cult of personality" (estreando ganhando um Grammy), "Funny vibe", "Glamour boys"(aquela com um suingue caribenho, muito tocada nas FMs até hoje), e por aí vai...!




Vivid é considerado um dos álbuns mais influentes da banda e da década de 80 pré-funk Rock como conhecemos anos mais tarde. O Living Colour é influência de muita banda que até hoje tá na ativa, como o Red Hot Chilli Peppers. Eles inventaram um negócio chamado funk-metal, muito antes de Faith No More e cia estourarem e o guitarrista Vernon Reid entra para o hall dos grandes guitarristas da história do Rock por causa da sua habilidade de juntar sonoridade pesada, com um punch funk, com harmonia e virtuosismos invejável. Sem dúvida, vale à pena conhecer o álbum pela produção, que é de nada mais nada menos que Mick Jagger dos Stones, que viu o show dos caras e ficou petrificado com a performance do grupo, já conseguindo de cara um contrato com a gravadora Epic Records.


Bão, a banda têm muito mais coisa boa e deixo para quem quiser conhecer mais ter o gostinho de pesquisar...


E "Vivid" as boas lembranças!! :D

Abraços..!

quarta-feira, 7 de março de 2007

90´s

Vejo que estamos todos em excelente sintonia neste blog. Ao ler o post do Wagnão tive algumas idéias pra um novo texto e depois de algum tempo, cheguei à conclusão que o ideal seria escrever sobre o que constrói nossa bagagem musical. Antes de mim quem escreve sobre a mesmíssima coisa? Fernando, o Drudi.

Não me recordo qual foi o primeiro show que eu fui, mas lembro que, assisti ao Prodigy em 99! Que na abertura ainda teve Otto e Arnaldo Antunes. Hoje em dia jamais teria paciência pra ir a um show desses.

A internet foi uma mão na roda pra descobertas musicais. Eu com uma simples conexão discada baixava dezenas de músicas (na época no competente Audiogalaxy), procurava letras, biografias etc. Nas madrugadas ainda gravava clipes retrôs que passavam na MTV. Acho que sobrava tempo na verdade... Atualmente assisto documentários sobre música no VH1, é mais prático.

Antes da internet tinha o básico MTV, rádios e irmão mais velho. Graças a Deus meu irmão ouvia Pearl Jam, Alice in Chains, Red Hot Chilli Peppers e eu pude ouvir boas coisas desde cedo. Tenho certeza que o Wagnão também ouvia "Maia e Tatola" na Brasil 2000. Era ótimo, puro Rock & Roll. Falando nisso, um dia o Tatola ao tocar "Lucky Man" do The Verve disse que com certeza estávamos ouvindo um clássico do Rock para as próximas décadas. Acho que ele se enganou...


PS: Wagnânimo, deixei um comment no seu texto.

Ouvindo: Young Americans - David Bowie (é o toque do meu celular na verdade)

sexta-feira, 2 de março de 2007

1997!

1997!


Este é o meu post inaugural do blog, bienvindo amigos! O tema de hoje é inusitado, pois não fala de um post, mas de um ano, pra mim, considerado um dos anos de ouro da década de 90 no contexto musical, porém, muitas vezes subestimado e mal compreendido, assim como os álbuns lançados naquele ano. Estou falando de 1997.




1997 foi o último ano de ouro dos ingleses no rock´n roll, mas coincidiu com bons lançamentos nos EUA também. 1997 foi o ano de “the color & the shape” do foo fighters, um disco muito melhor que o de estréia deles. Foi ano de “Blur”, disco homônimo e experimental dos ingleses, em que o quinteto flertou com o punk rock americano, fez a bela balada “beetlebum” , além de ótimos petardos deste disco, mas ficou mesmo conhecido por “song 2”, a maldita música do “u-hu”, que foi tema desde comercial até jogo de futebol de videogame. Não foi o ano de lançamento, mas de divulgação do segundo álbum do Bush, “razorblade suitcase”, ano do show deles no Brasil (meu primeiro show de rock, aos 16 anos!), mas foi ano também deles lançarem um disco de remixes (“desconstructed”, de onde saiu a ótima versão remix de “mouth”).

Neste ano minha banda favorita deu um tempo no lançamento e turnê de discos (pearl jam), foi o ano que o Stone Temple Pilots só lançou clipes de divulgação do ótimo “tiny music...” de 1996, ano que a banda mal fez shows por causa dos constantes problemas com drogas do vocalista. 1997 foi ano de promoção também do disco do Live, o soturno e paranóico disco “secret samadhi”, que contava com as belas “Lakini´s juice “ e “turn my head”. Enquanto isso, os ingleses do charlatans lançavam o álbum “Tellin´stories”, que contava com as grudantes faixa título e a canção-chefe “one to another”.


Mike "Juan Lopez" Patton, em cena do clipe "Stripsearch"


97 foi um ano triste, pois 2 de minhas bandas favoritas acabaram nesse ano: o soundgarden, após lançar o bom “down on the upside”, de 1996, e o faith no more, após lançar “álbum of the year”, de 1997, que continha as belas “ashes to ashes” (com direito a um belo clipe), “stripsearch” (clipe na qual Mike Patton simula ser um criminoso latino, com direito a el bigodon e tudo mais, sendo preso no aeroporto). Este álbum termina com a enigmática”Pristina”. Bela música pra encerrar uma carreira, mas pouco ligada ao bom humor da banda, com depressão típica daquele ano.


Famoso clipe de "Bittersweet Symphony"

Em 1997 o mundo (e eu) descobriu “The Verve”. Banda inglesa discreta com fãs regulares, foi em torno do quarto ou quinto álbum, com o ótimo “Urban Hiyns” que o mundo ouviu a balada grudante “bittersweet simphony”. E a banda foi processada pelos Rolling Stones por plágio. Mas quem imagina que o álbum tem esta única música como significativa tem que ouvir o álbum inteiro, pois é sensacional. Ainda em 97,o Garbage não lançou álbum, mas, após o sucesso de seu álbum de estréia (que contava com a mega sexy Shirley Manson nos vocais e o produtor do “Nevermind” do Nirvana na banda, Butch Vig), a banda deu continuidade aos belos clipes de “queer” e “only happy when it rains” com o clipe da oitentista “stupid girl”. Sim, a banda antecipou em 4 anos o revival aos anos 80.



1997 também foi ano do lançamento do segundo álbum do Supergrass, de onda saiu as ótimas “Richard III” e a bela “late in The day”. Os ingleses do Ash lançaram também o álbum “1977”, de onde saiu a bela balada “Lost in You”. 96 para 97 foi ano dos americanos do Weezer ousarem, com o curioso álbum “pinkertoon”. Flando em estranho, em 97 os americanos descobriram os ingleses do PULP, banda inglesa que capitaneou a segunda geração do chamado “britpop” com o excêntrico álbum “Different class”. Falando em britpop, um dos reis da segunda onda capitaneou mal o sucesso e a rivalidade com o blur e aspirou, ou melhor, cheirou as vendas do álbum anterior, o belo “what´s the story morning glory”. “Be here now” do Oasis poderia ser um álbum muito melhor se as músicas não fossem tão excessivas. São boas, mas demoram a terminar.
Isso pode colocar uma boa música teto abaixo. “Alll around the world”, “stand by me”, “don´t go away”, “fade in out” , “my big mouth”, “do you know what i mean” e “magic pie” são exemplos de músicas que sim, demoram pra acabar.


A banda Kula Shaker fez sucesso com sons indianos


Bandas menores lançaram boins discos e singles neste ano também. Os hoje sumidos Mansum lançaram a música “wide open space” neste ano, e uma banda de indianos lançou um disco interesante neste ano. Alguém se lembra do Kula Shaker?



Em 97 a cantora islandesa lançou o mal compreendido e eletrônico “Homogeniac”, que contava com as belas “Joga” e “Barrilochete”. Isso porque em 97, o rock´n roll tentava flertar com a música eletrônica e encontrar um ponto de equilíbrio. O U2 também tentou, com o apressado “POP”. Apressado porque a prórpia banda admitiu. O U2 vinha tentando flertar com o eletrônico desde “zooropa”, de 1993, mas “POP” foi a tentativa final. Não que o álbum seja ruim, eu gosto muito dele. Mas as versões de “please” e “If you wear that velvet dress”, por exemplo, não foram as que vimos no clipe de “Please” e na turnê POPMart. Das eletrônicas do álbum, os destaques ficam para “gone”, “mofo” e do you feel loved”. Mas o que todo mundo lembrou mesmo foi de “discoteche”.



O próprio blur flerta com a eletrônica no homônimo “blur”, basta dar uma conferida em faixas como “i´m just a killer for your love”. Indo de pato a ganso, outra contribuição deste disco do blur foi “chinese bombs”, que virou vinheta de chamada para o comercial do brasileiro “rock e gol”, programa de futebol e rock da Mtv Brasil. David Bowie e Nine Inch nails, de 96 para 97, flertaram com a eletrônica também. O primeiro, com o curioso álbum “Outside”, e o segundo, por causa do álbum gravado sob mórbidas condições, “download spiral”.


Prodigy no clipe Breathe. O cara parece um dos tiras do CSI Las vegas.



Mas, com tanta gente querendo flertar com o eletrônico, apenas uma banda fundiu tão bem este gênero com rock. Neste famigerado ano, o álbum “The Fat of the land” do prodigy ganhou garagens e pistas o mundo todo. Quem viveu a época lembra bem dos hits “firestarter” e “breathe”.

Bowie, em cena extraída do clipe.

Ainda, 97 teve mais 2 curiosidades no mundo do rock: além das ótimas baladas que fizeram exceção ao eletrônico nos álbuns de David Bowie e U2, as belas músicas com belos clipes “Strangers when we meet” e “staring at the sun” das respectivas bandas, foi um ano em que os clipes tinham um curioso cenário esverdeado. Coisa de 97 para 98,procurem no you tube e reparem, os cenários dos clipes “ashes to ashes” do Faith no more, “precious declaration” do collective soul, “song 2” do blur, e “breathe” do prodigy são bem parecidos. Reparem também na semelhança dos clipes “closer”, do Nine Inch Nails, e “hearts filthy lesson”, ambos da mesma época e ambas músicas trilhas do filme “seven”. Falando em clipes, 97 foi o ano do engraçadíssimo clipe de “sabotage” do beastie boys”, em que eles interpretam policiais dos anos 70 de uma maneira bem engraçada. Em 97, após clipes bem sucedidos do último álbum como “1979”, “tonight tonight”, “bullet with butterfly wings” e “33”, o smashing pumkins sai de cena após uma overdose que matou o estreante na banda Jonathan Melvoy, e que levou a demissão do baterista jazzístico da banda, Jimmy Chamberlain.


Por fim, não poderia deixar de citar o possível álbum mais importante da década, aquele que mudou a forma de fazer música eletrônica e rock daí em diante. “Ok Computer” do Radiohead é uma obra prima que começa pelo encarte do CD. Feche os olhos, ouça “airbag”, a canção apocalíptica que abre o disco, e boa viagem. Uma pena. Depois de 97 o radiohead passou a se levarcada vez mais a sério e ficou chato, o rock esqueceu o eletrônico e abraçou o hip hop (de uma forma negativa), com lixos como Limp Bizkit (parece o nome daquele vilão do super homem que foge ao mero pronunciar de seu nome ao contrário)e “limpe o park”.

Sei que deixei muita coisa de fora, mas estas são algumas de minhas lembranças musicais do ano de 1997!