quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Scott Weiland - Happy in Galoshes


Os últimos 2 anos foram tumultuados na vida do cantor e compositor Scott Weiland. Desde 2007, Scott perdeu um irmão em consequência de overdose de drogas, descobriu que sua mãe tinha cancer, gravou o segundo álbum de sua banda no momento, Velvet Revolver, teve uma recaída em relação as drogas após anos limpo, brigou com seus companheiros de banda (ex membros do Guns and Roses), saiu/foi demitido da banda (?), enfrentou o fim de seu casamento com a modelo Mary, reuniu-se aos colegas de sua antiga banda Stone Temple Pilots para uma turnê pelos EUA, visitou a América do Sul duas vezes com duas bandas distintas, e aqui chegamos ao segundo semestre de 2008, quando lançou seu segundo disco solo, Happy in Galoshes.

Happy in Galoshes é, a exemplo do meu post anterior neste blog, um álbum onde a capa pode dizer bastante sobre o disco, mas de uma maneira diferente. O título "Happy" sugere uma felicidade instantânea, quase que como uma pílula, ao mesmo tempo que a expressão de Scott na capa é melancólica. A ilustração lembra as camisetas de nossos tempos, que revivem o indie dos anos 80. E há sim uma faixa indie neste álbum, para surpresa dos que conhecem o cantor, bastante influenciado pela sonoridade do gênero setentista glam rock. O interessante deste álbum é que as duas sensações que a capa transmite, felicidade instantânea e melancolia, se alternam por todo o álbum, e o álbum pode oferecer impressões diferentes ao ouvinte de acordo com o humor de cada um no momento. Em uma época como o final do ano, em que se alternam festas com a revisão do que fizemos no ano, esta alternância de felicidade e melancolia parecem se encaixar perfeitamente a estes tempos.

O álbum começa com uma canção tão setentista e alegre quanto a canção glam "All the young dudes" . "Missing Cleveland" acabou virando clipe e single também. A música fala de nostalgia, e é tocante ouvir trechos como "I'm missing Cleveland in the snow" durante sua execução. A segunda faixa é a ensolarada "Tangle with your mind", aqui Scott soa realmente feliz, tranquilo e relaxado. Nunca gostei muito do som dos anos 00, e Scott, a exemplo do som que fez em 1998 quando tentou fazer uma música de hip-rock no Stone Temple Pilots ("No way out", do álbum "N.º 4"), faz uma música relacionada aos dias de hoje, tempos de releitura dos anos 80. A faixa, que se parece muito com Libertines (uma das poucas bandas de Indie rock do começo dos anos 00 que eu respeito), se chama "Blind Confusion". "Paralysis"parece remeter ao divórcio de Weiland ("...Smoked my last cigarette, took a look at the bed, the one that we called home..."). Scott soa bastante como David Bowie nesta faixa e em outros momentos do álbum. Apesar disso, a cover de "Fame" de Bowie parece um tanto perdida em meio às outras músicas.

Minhas preferidas são as primeiras do álbum, as 2 músicas de estilo parecido com MPB e mais três canções. "Crash" foi anunciada como single, se eu não me engano, e possui toques eletrônicos combinados a um belo vocal de Weiland. "Sentimental Halos" é leve e sutil, e faz lembrar as faixas mais calmas dos últimos álbuns do Stone Temple Pilots. Mas minha predileta é uma canção que Scott compôs antes de entrar para o Velvet Revolver, a tocante "The Man I didn't Know", que parece falar de uma relação pai-filho, com arranjos que parecem remeter a um filme de faroeste.Infelizmente ela só pode ser encontrada na versão dupla do álbum, mas pode ser encontrada no youtube também.

"Happy in Galoshes" foi lançado em duas versões, uma simples e outra dupla (veja setlists abaixo), e possui diferentes sonoridades por todo o álbum em ambas as versões, mas não deixa de ter uma identidade própria e a cara do ex vocalista do Velvet Revolver, que não funciona como uma mera cópia de Bowie, embora ele tente bastante. Há refrões setentistas a la fase "Tiny Music..." do Stone Temple Pilots(caso da faixa de abertura e de "She sold her system"), há momentos mais experimentais que fazem lembrar o primeiro álbum de Weiland, caso de "Big Black Monster", e há casos que o experimental chega a parecer os projetos solo do ex vocalista do Faith No More, como em "Hyper-Fuzz-Funny Car". Há o pop fácil em faixas como "Blind Confusion" e "Blister on my soul ". Há um pouco de MPB, caso das faixas "Killing me sweetly" e "Somethings Must Go this Way", para quem estava acostumado a esta face do cantor nos idos tempos de STP. Há o grandioso confrontando com um lado "radiohead" em "Pictures and Computers". A beleza vai até o piegas nas melodias de "Arch Angel" , e "Sometimes Chicken Soup".

E a coisa não para por aí. Há uma regravação de um antigo lado B de Weiland/STP, "Learning to Drive", que vem agora sob o nome de "Beautiful day" e mais uma cover, bem fiel em relação a original, "Reel around the fountain" dos Smiths, que ficou bem bacana. O disco simples fecha quase com a música de vocal arrastado "Be not afraid", que parece história pra criança dormir, e soa estranhamente natalina.

Setlist álbum simples

1. Missing Cleveland2. Tangle With Your Mind3. Blind Confusion4. Paralysis5. She Sold Her System6. Fame7. Killing Me Sweetly8. Big Black Monster9. Crash10.Beautiful Day11.Pictures & Computers (I'm Not Superman)12.Arch Angel 13.Be not afraid

Setlist álbum duplo

Disc 1
Missing Cleveland, Tangle With Your Mind, Blind Confusion, Paralysis, She Sold Her System, Blister On My Soul, Fame, Killing Me Sweetly, Big Black Monster, Beautiful Day

Disc 2
Crash, Hyper-Fuzz-Funny-Car, The Man I Didn't Know, Sometimes Chicken Soup, Somethings Must Go This Way, Pictures And Computers (I'm Not Superman), Sentimental Halos, Reel Around The Fountain, ArchAngel

Link álbum simples

http://teoriamusikaos.blogspot.com/2008/12/scott-weiland-happy-in-galoshes.html

Links do youtube (dá pra ouvir cada faixa sem precisar baixar)

http://www.youtube.com/watch?v=9ejGWkv1y90&feature=related

PS: Este é o link de uma faixa, mas dá pra ouvir as outras pelos atalhos do Youtube.

Videos

Missing Cleveland




Paralysis

Chinese Democracy - uma abordagem franca


Um pouco da novela

O post que escrevi meses atrás não faz muita jus à minha espera e à reação ao álbum que foi lançado, por isso, resolvi fazer este post como uma abordagem franca.

Entre 2002 e 2003 , quem quer que gostasse de rock que eu encontrasse no caminho e que eu tivesse algum nível de amizade, eu tentava fazer ouvir as poucas músicas recém aperfeiçoadas do chamado "New Guns"que sairiam no lendário "Chinese Democracy" em um futuro sabe se lá Deus quando. Eram músicas boas, que provavam que Axl Rose, apesar de ter perdido sua voz, ainda era um bom compositor. As músicas em questão eram "Madagascar", "The Blues" (lançada posteriormente no Chinese Democracy sob a alcunha de "Street of Dreams") e a mediana (para ser bonzinho, no mínimo) faixa título do álbum.

Os anos passaram, e apesar da angústia do álbum que nunca saía, novas versões vazavam na Internet, e, ao passo que o arranjo de The Blues e Madagascar piorava em alguns pontos e melhorava em outros, uma surpresa boa foi que a voz de Axl recuperou um tom rouco muito parecido com o dos tempos do antigo Guns. Apesar disso, nas esparsas turnês de 2006 e 2007, eu nunca entendi porque Axl insistia tanto em cagar na hora que cantava Sweet Chield 'o Mine, o fazendo com a voz da velhinha surda do programa "a Praça é nossa". O tempo passou, outras músicas vazaram, como a "queeniana" Catcher in the Rye, e a ótima mas um pouco passada "Better". Os sinais de que o álbum sairiam eram esparsos, pra lá de 2006 "Better" foi incluída em um comercial de motos, que acabou não saindo. Até que, em 2008, alguns sinais começaram a aparecer, pouco após a crise que levou o Velvet Revolver, dos ex integrantes do GNR, a perder seu vocalista, Scott Weiland. Axl contratou um profissional ligado ao VR ( o empresário, se eu não me engano), o que me pareceu um pouco estranho, pois aquilo parecia ser uma espécie de disputa com Slash, enfim. E Axl lançou uma música nova chamada "Shackler's Revenge" para um jogo de videogame. Houve também a história de uma balada do disco que iria para a trilha sonora de um filme, a bizarra jogada de marketing do fabricante de refrigerantes Dr. Pepper, a prisão do fã que vazou boa parte do álbum na net, e uma estranha estratégia de Marketing que incluiu lançar a fraca faixa título, na versão do álbum, que contava com um início extendido, algo pouco comum, ainda mais levando em conta uma faixa tão fraca, ao invés de "Better", a faixa de rock mais forte do disco. Dito tudo isso, o álbum foi lançado, e a capa, mais uma vez, fez jus a criação de Axl tal qual as capas de Apetite for Destruction, Lies e Use Your Illusion fizeram aos álbuns anteriores.

O álbum

Chinese democracy começa com a faixa título, uma música industrial que demora para começar e para terminar, e , de longe, não deveria ser a faixa título de um álbum tão adiado e aguardado.

Após este esboço de música industrial, as intenções de Axl de contratar um ex integrante do Nine Inh Nails ficam claras na faixa seguinte, que mencionei que virou trilha de videogame, "Shackler's Revenge". Esta faixa é uma fraca imitação de Nine Inch Nails, algo triste levando o nome do GNR, e é tão boa e significativa para a carreira do GNR quanto "My World" , faixa lançada no disco "Use your Illusion 2" (fãs de GNR sacarão o que eu quis dizer no ato).

"Better" aparece como algo melhor, tentando salvar o disco na terceira faixa. A batida eletrônica do início já soa fora de época em um sentido negativo , felizmente, a mágoa na voz e nas letras de Axl, sua voz recuperada e os riffs do guitarrista Robin Finck valem a canção, que possui apenas uma parada desnecessária no meio, algo que também parece datado, mas que podia ter soado ao menos contemporâneo se o disco tivesse sido lançado anos atrás. Há também um solo masturbatório seguido de guitarras nine inch naianas antes da paradinha no meio da música. Felizmente, Robin conserta a música em um outro solo, este, cheio de emoção, após a parada.

"Street of Dreams" é a boa e velha "The Blues", mais bem trabalhada e com uma produção mais limpa, o que não significa que seja melhor do que alguma das versões anteriores que vazou da música na internet. Ela tem um piano que permeia toda a música, e é doce como "Breakdown"do Use your Illusion 2, mas as partes de guitarra, na opinião deste leigo ouvinte, são menos complexas que a referida canção do álbum Use Your Illusion azul, embora não tenham necessariamente ficado ruins. A canção é boa, seus solos não são ruins e até há um feeling bacana de Robin Finck, mas, de tão boa no meio do mar que é este disco, fica a curiosidade: como seria esta canção se tivesse sido trabalhada por Slash, Duff e Izzy? A canção termina com um final exagerado por parte de Axl, mas sem qualquer clímax instrumental significativo por parte da banda. O que poderia ser uma compensação da falta de clímax pelos instrumentistas acaba se tornando um final brega e afetado por Axl.

"If the World" começa com uma batida eletrônica, com cordas em estilo cigano e um sintetizador, e Axl consegue estragar quando entra com sua voz de velhinha da praça é nossa. Será que ele achou este seria um novo estilo bacana para usar sua voz? A canção tem quase 5 minutos, e quando ouço ela me vem uma sensação parecida com a que tenho quando ouço a faixa título do álbum: a canção vai se desenrolando, você espera algo que vá melhorar a música, até que...
nada acontece. Não sei porque Axl, que supostamente tinha mais de 30 músicas compostas, colocou este lixo que não serve nem como Lado B de álbum. Francamente...

"There was a Time" começa com um estranho coral de igreja e evolui para uma batida trip hop. Eu já havia a ouvido antes, e considero que é um ponto forte do disco, em termos de melodia, riffs e letra, enfim, uma bola dentro do novo Guns. Posso ver aqui que o ex-baixista do Replacements, chamado por Axl de "General" Tommy Stinson por ter comandado a banda nova, fez um bom trabalho. É um dos poucos momentos, como "Street of Blues" e "Better", que fazem valer a pena ouvir o esforço de Axl nos últimos tempos.

"Catcher N' The Rye" tem uma boa melodia, é também uma faixa com pianos, e se parece de certa maneira com o que o Queen fazia nos anos 70. É, de certa maneira, estranha: é excessivamente trabalhada, mas falta uma guitarra solo de presença que faça frente ao piano da música, tal como há em "Estranged"e "November Rain"do antigo Guns. Esta faixa, que conta com um solo a la "Brian May"do Queen, é uma das poucas, juntamente com as mencionadas acima, que merece ser levada a sério, daí as comparações com 2 épicos do Guns. Infelizmente as comparações são mais o que a música poderia ter se tornado do que o que ela se tornou, uma pena.

"Scraped" começa com um conjunto de gritinhos de menininha de Axl que, quando ouvi, pensei "Que m... é essa?". A letra é adolescente ("Don't try to stop us now..." - será que ele se refere aos seus ex companheiros de banda?) e a melodia, a música, o solo, enfim, a canção parece um conjunto de remendos que merecia ficar esquecida em algum lado B.

Eu já havia ouvido "Rhiad N' The Bedouins"quando me chegou aos ouvidos o show que Axl fez no ano novo de 2001, e , na época, o perdoável era que Axl estava se reerguendo, e de certo esta faixa seria esquecida e trocada por coisa melhor no álbum. Infelizmente, não foi. Esta faixa, com guitarras a la Nine Inch Nails, é mais uma canção esquecível que combina o antigo estilo vocal de Axl com o estilo de velhinha da praça é nossa.

"Sorry" começa com um vocal ressentido e uma batida lenta, e parece um desabafo sobre fatos passados. Seria uma música mediana de alguma banda desconhecida se não conhessesemos o talento de Axl e o que ele fez no passado. Diante deste cenário, chega a soar um pouco triste. É mais uma música que carece de uma ajuda da banda, de uma segunda mão para transformar a música em algo bom, por mais que os solos de guitarra não soem ruins.

"IRS" começa com uma guitarrinha bacana, e sua letra parece ter saído de um seriado policial. Tem uma melodia bacana, que por vezes se encaixa na voz de Axl quando ele não faz a voz daquela personagem do programa comandado por Carlos Alberto Nobrega no SBT. Há um solinho desnecessário que está lá só para fazer passar o tempo, mas não deixa de ser uma música bacaninha, passável. O que salva é uma guitarrinha com soul, provavelmente obra de Robin Finck, que começa com a música e a permeia até o fim.

"Madagascar" tem um começo épico, com um órgão que faz lembrar grandes músicas antigas como "Dream on"do Aerosmith. A entrada de uma batida trip hop foi uma boa sacada de Axl. A letra é amargurada, e é uma canção épica mesmo, prova que o talento de Axl não se perdeu totalmente com o passar dos anos. Infelizmente, da versão que ouvi de um Axl gordo na furada apresentação da nova banda no Rock in Rio 3, algumas coisas mudaram. Axl colocou sua ótima voz rouca em uma versão que ouvi nos shows de 2006, mas a voz na versão final que ouvi no disco ficou um pouco estranha. O primeiro solo que ouvi no RIR 3 de Buckethead na ocasião, simples, fora substituido por uma entediante versão extendida composta pelo próprio ex guitarrista anos anteriores, e infelizmente, esta versão foi para o disco. Detalhes de superprodução acabam mais por subtrair do que somar à versão do disco, no final das contas. Mesmo assim vale ouvir, é uma bela canção.

"This I Love" começa com uma introdução de piano e uma bela melodia, algo como um Queen dos anos 70, chegando a ser um pouco piegas. Há um violino ou sintetizador imitando violino de fundo também, e carece do mesmo problema de guitarra que "Catcher in the Rye". Tem também um solo a La Brian May, bem executado (provavelmente por Robin Finck, é mais a cara dele). Mas esta é a minha opinião sobre a música.

"Prostitute" começa com uma melodia pop, um tanto enjoativa, seguida por riffs pesados de guitarra, a esta altura, já característicos do novo Guns. E o álbum acaba aqui.

No final das contas, Chinese Democracy soa como um álbum com pitadas de Queen, letras auto indulgentes e tentativas fracas de soar como Nine Inch Nails. Se fosse diferente mas valesse a pena, eu até gostaria do álbum. A super produção, combinada a soma de retalhos, músicas que quase chegam lá mas não chegam, fazem deste disco um triste álbum, na minha opinião. Seria um interesante álbum solo de Axl, ou se fosse uma outra banda. Mas não dá pra entender porque Axl insiste em carregar o nome de sua antiga banda, ainda mais quando se conhece o som e oque rolava no processo de composição, como li na recente biografia de Slash. Uma pena mesmo.

Rock'n roll Circus - Quando os elos se fecham

Quando comecei este tema meses atrás, pensei no quão pequeno é este mundo de rock'n roll americano. Pensei em escrever com suspense uma série de posts que teriam sim sua amarração, mas acabei não conseguindo. E eis que estou aqui, em SC, finalizando o ano e alguns assuntos não acabados.

Resumindo a história toda: Axl Rose tem como braço direito nas guitarras um cara com um jeito tanto estranho mas peculiar de tocar, e muito querido pelos fãs da invenção bizarra que hoje é chamada de "novo guns": Robin Finck, ex/atual (?) guitarrista do Nine Inch Nails. E isso não deixa de ser interessante, pois acaba sendo mais um elo da relação de 2 bandas que gosto muito, Guns and Roses e Stone Temple Pilots. Vejam só: Anos após a separação do Guns, Slash, Duff e Matt acabaram se juntando a Scott Weiland, que na ocasião estava deixando o Stone Temple Pilots, para compor a formação que durou cerca de 4 anos do Velvet Revolver. Os membros que faziam o coração do STP, o conjunto de cordas baixo-guitarra formado pelos irmãos Robert e Dean Deleo, se juntaram a Richard Patrick, fundador do Filter e ex-Nine Inch nails, para formar o ótimo conjunto, de morte prematura, Army of Anyone. O interessante é que, na época que Patrick deixou o Nine Inch Nails, foi substituido por Robin Finck. Foi pouco depois da época que seu irmão, Robert Patrick, fez o vilão do filme exterminador do futuro 2, cuja trilha sonora chefe era a canção "you could be mine" do Guns and roses.

Vejam só o que tínhamos: Nas camadas de borda, 2 bandas que contavam com ex guitarristas do NIN como elementos chave, o Novo Guns e o Army of Anyone. No centro, o elo do que restou das ex bandas das camadas de borda, Guns and roses e Stone Temple Pilots formando o Velvet Revolver. As pessoas em comum são muitas, e eu passaria muito tempo relacionando todas as possibilidades: Brendan'o Brien produzira todos os álbuns do STP e alguns do Pearl Jam, banda cujo vocalista do STP sofreu péssimas comparações no início da carreira do STP: Weiland foi julgado como uma imitação de Vedder do PJ. Brendan iria produzir o VR anos mais tarde a pedido de Weiland, que contém ex integrantes do GNR. Brendan andou produzindo também Bruce Springsteen, que foi uma das influências de Axl Rose e inclusive fez um dueto com o vocal do GNR no fim da década de 80.

David Bowie é uma das principais influências de Scott Weiland, e foi amante da mãe de Slash nos anos 70, como conta Slash em sua recente biografia. Bowie teria ainda ligado para Slash dando conselhos sobre abuso de drogas à pedido da mãe do guitarrista, nos idos tempos de GNR. Outro fator interessante é a simpatia de Robert Plant e Jimmy Page pelos ex integrantes do GNR. Scott não pôde desfrutar da tietagem dos ex Led Zeppelin, pois, quando os 2 foram ver o VR e entrar nos bastidores pós show, a relação de Scott com os demais integrantes já estava pra lá de ruim, com fim de banda decretado e tudo mais, neste ano de 2008. Justo Scott, cuja ex banda, STP, tem músicas claramente zeppelianas com solos de guitarra pra lá de jimmypagianos , sem mencionar o fato do STP ter regravado "Dancyn´Days" para um tributo ao Zep em 1993/94, e sem mencionar a bela cover instrumental que Dean Deleo do STP tocava de "Rain Song" do Zeppelin nos shows do Army of Anyone...

Um outro cruzamento interessante envolve o nome do baterista Josh Freeze. Josh, que já tocou em uma banda que alguns aqui podem ter ouvido falar, "A perfect circle", tocou bateria no início das gravações do álbum Chinese Democracy do new guns, e tocou também bateria no último álbum do Filter, o ótimo "Anthem for Demand". Só para lembrar, o Filter é a banda de Richard Patrick, o vocal do projeto solo dos irmãos Deleo do STP, Army of anyone.

Lembrei também de Nick Didia. Nick foi engenheiro de som do STP, VR, PJ e Bruce Springsteen.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Chinese Democracy!

Axl e seus estagiários liberaram o primeiro single oficial da novela Chinese Democracy: O single pode ser ouvido aqui . Confesso que quando ouvi as versões com voz melhorada de "The Blues" e "Madagascar", apresentadas pela primeira vez em 2001, eu tinha esperanças de que o álbum seria bacana. Mas após ouvir os últimos leaks que renderam a prisão de um pobre coitado (coitado sim, não valeu a pena ir pra prisão por um material de tão baixa qualidade de composição), lixos como "Shackler's Revenge", que foi liberada para um vídeo game, desanimei total. E no último tracklist oficial liberado, "The Blues" nem está no álbum. Sou 1000 vezes Velvet Revolver, com Scott Weiland. E o cara do blog do noticias do guns mete o pau no Scott Weiland e elogia "Shackler's Revenge". Surreal (mas pelo menos, apesar da parcialidade, ele tem algumas notícias atualizadas do GNR) . E, pior, o Izzy elogia a canção Chinese Democracy, que é o que é. Justo Izzy, que tem uma discografia solo tão bacana. A última data pataquada para liberação da mistura de Axl e seus estags é dia 25 de novembro de 2008, via e-commerce.

Drudi, assim que der, ouço com calma e comento seu post, apesar de vc não comentar mais os meus rs

sábado, 11 de outubro de 2008

No topo!

Cada banda tem uma mania diferente na hora de gravar clipes. Os Beatles começaram com isso no vídeo de onde saiu o clipe de "Get Back" (que aliás, eu já assisti e é muito bacana). O U2 atualizou nos anos 80 com uma das melhores canções do Joshua Tree, "Where the streets have no name". Por fim, o Oasis, sempre querendo copiar os Beatles, gravou o clipe de Supersonic, seu primeiro grande hit, em cima de um prédio. No short talkin', vamos assistir!

Beatles "get back"



U2 "where the streets have no name"



Oasis "supersonic"

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Foo Fighters anuncia longa pausa

Um post curto, pra variar. Tenho um monte de coisa salva nos rascunhos pra publicar, mas esta notícia merecia um post no blog. Grhol anunciou que a banda pode ter uma pausa de até 10 anos. Link da notícia aqui . Fuçando no youtube, achei um vídeo do Foo Fighters tocando "Rock'n roll" com Jimmy Page e John Paul Jones. Achei legal isso. Além da reunião do Zepp em Londres, é mais uma amostra que Jones perdoou Page de tê-lo deixado de fora dos discos e das turnês "Page-Plant" em 94 e 98. Link para a matéria deste show aqui. Vídeo abaixo. Um detalhe: nesta canção, enquanto Grhol assume as baquetas para matar saudades, é Taylor que sai da bateria para assumir os vocais, e manda muito bem! Seria uma repetição da sina, somada à notícia do hiato musical, do que aconteceu com Grhol, o Nirvana e o Foo Fighters?

sábado, 13 de setembro de 2008

A estética e as belas canções dos clipes P&B nos anos 90 - Parte Final

Estes 3 clipes abaixo carregam 4 características importantes em comum: 1) Foram os clipes de estréia destas bandas no Brasil, 2 deles no mundo (PJ e Oasis); 2) Quando ouvi cada uma destas 3 músicas, eu achava que eram as músicas mais irritantes da face da Terra, e torcia pra MTV parar de tocá-las porque eu não aguentava mais; 3) Estas bandas ganharam o mundo e estão entre as gigantes dos anos 90 e até mesmo nos dias de hoje, resguardando as devidas proporções do modismo de cada época; 4) Eu aprendi respeitar as bandas e essas 3 canções, clássicos absolutos nos dias de hoje.

Alice in Chains - "Man in the Box"

Esta versão é a mais conhecida. Há outra versão do clipe que circulou anos depois pela MTV, que pode ser conferida aqui.



Pearl Jam - "Alive"

O vídeo de "Alive" foi filmado em agosto de 91 em um show do PJ em Seattle. Foi dirigido por Josh Taft, diretor do clipe "Stardog Champion" do Mother Love Bone, que mais tarde dirigiria este e os clipes de "Even Flow" e "Oceans" do PJ, além de "Plush", "Sex Type Thing" e "Lady Picture Show" do Stone Temple Pilots, o vídeo "Live Facilift" do Alice in Chains, de onde foi extraída a versão de "Man in The Box" acima, e "Insane in the Brain" do Cypress Hill. "Alive" foi o primeiro vídeo de um artista em que a música aparece não sincronizada com os movimentos labiais de um artista veiculado pela MTV. Na platéia deste show, estava o futuro baterista do PJ, Dave Abbruzzese. Ele havia sido recomendado pelo baterista provisório do PJ, Matt Chamberlain, que aparece tocando bateria neste show. O vídeo concorreu ao melhor de música alternativa da MTV no VMA's de 1992, mas o PJ só levou prêmios em 1993, com o vencedor de vídeo do ano "Jeremy".



Oasis "Supersonic"

"Supersonic" é uma música grudenta e é o hit que levou Oasis ao mundo. O vídeo foi dirigido por Mark Szaszy, que, entre outros vídeos, dirigiu a também grudenta "Shakermaker", do primeiro álbum do Oasis também, que é uma paródia de um velho comercial da Coca Cola dos anos 70, chamado "I'd Like to Teach the World to Sing" (veja e compare!). Mark Szaszy também dirigiu o clássico vídeo de rock'n roll "Cigarettes & Alcohol" , um belo clipe P&B que poderia estar nesta série de posts , além do vídeo de "Missing" do grupo "Everything but the girl".

Uma segunda versão do clipe "Supersonic" foi filmada para a entrada da banda no mercado norte americano , dirigida por Nick Egan, diretor dos vídeos "Ordinary World" do Duran Duran; "Sugar Kane" do Sonic Youth; "Some Might Say", "Go let it Out", "Who Feels Love", "Where did it all go wrong" e "Sunday Morning Call" do Oasis; "You Oughta Know" da Alanis Morissete e "Abuse me" do Silverchair, entre outros. Apesar da segunda versão inferior de "Supersonic", Egan fez da segunda versão do clipe de "Live Forever" do Oasis um clássico absoluto. Sua versão do clipe é conhecida por todos, e bem melhor do que a versão fraquinha filmada no Central Park, dirigida por Carlos Grassi.



Para acompanhar a série de posts de clipes P&B completa, basta clicar aqui.

sábado, 6 de setembro de 2008

Rock'n Roll Circus parte 2: Guns and Roses, Nine Inch Nails, Governator, irmãos Patrick, e Brad Pitt

Era 1994 ou 95, não sei bem. As coisas não iam bem com o Guns'n Roses, mas eles entraram em estúdio para começar a gravar um álbum que seria o sucessor do duplo "Use your Illusion" . Axl tinha algumas idéias para dar uma cara mais moderna ao GNR, próximo ao rock industrial da época, cujo expoente mais famoso era o grupo Nine Inch Nails (NIN), liderado por Trent Reznor. O NIN havia perdido seu guitarrista, Richard Patrick , que saiu para formar sua própria banda, o Filter . O grupo de Axl Rose, que já havia feito trilha sonora para Terminator 2 - Exterminador do Futuro 2, estrelado pelo Governator Schwarzenegger e pelo irmão de Richard Patrick, o exterminador T-1000 Robert Patrick (abaixo). O GNR ia gravar sua segunda trilha sonora de impacto, desta vez uma cover de "sympathy for the devil" dos Rolling Stones para o filme "Entrevista com o Vampiro" , que estrelava a atriz Kirsten Dunst (Homem Aranha, Maria Antonieta, Elizabethtown, Brilho eterno de uma mente sem lembranças), além dos "mal remunerados" Christian Slater, Brad Pitt e Tom Cruise.

Foto: Robert Patrick, o vilão T-1000 do filme "Terminator 2"

Axl coloca como guitarrista base na canção um amigo de infância chamado Paul Huge/Paul Tobias, co -autor em 1984 da primeira versão de "Back off Bitch" do GNR, presente no disco Use Your Illusion I, de 1991. Slash se desentende com Axl por conta de um "overdub" de Huge na cover dos Stones, feita sem a consulta de Axl. Foi a gota d'água para a saída de Slash da banda, que seria seguida por Duff e Matt. Quase 10 anos depois, os 3 dissidentes montariam uma nova banda, mas isso é matéria para o próximo post. Na época, o NIN contava com Robin Finck, que subsitituiu Richard Patrick nas guitarras. Com Robin, o NIN gravou álbum mais vendido da banda até hoje, "Downward Spiral", cujo single "Closer"foi trilha do filme "Seven - os sete pecados capitais" , também estrelado por Brad Pitt. Após um longo jejum, Axl reune Robin Finck do NIN, Dave Navarro (ex Jane's Addiction e ex membro de curto prazo do Red Hot Chilli Peppers) para gravar "Oh my God", trilha sonora de "End of Days", filme também estrelado pelo Governator Arnold Schwarzenegger. "Oh my God" é o desfecho deste post, e o início do próximo, quando entram na jogada Filter, Stone Temple Pilots, Smashing Pumpkins e Pearl Jam.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Coolio - "Gangsta's paradise"

No geral, eu odeio rap. Já tentei ouvir, com muita boa vontade, talvez por admirar a fusão que o Faith No More fez do rock com o funk e o rap nos primeiros álbuns, ou pela obra do Beastie Boys, geniais ao mesclar rap ao hip-hop nos idos anos 80. Por isso, me torturei N vezes assistindo o "YO!MTV Raps" (ainda existe este programa?). Dos poucos raps que eu admiro, "Gangsta's Paradise" está no topo. Coolio não é engraçado como o cachorrão snoopy dog, mas "Gangsta's..." é um verdadeiro clássico. PS1: Este post foi feito usando o navegador "Google Chrome". O navegador com o logo que faz lembrar o brinquedo "Genius" até que funciona bem! PS2: Drudi, por favor, troca o playlist. Não aguento mais ouvir o começo de "Concrete Jungle".


sábado, 30 de agosto de 2008

Rock'n Roll Circus parte 1: Altas confusões, e aventura com uma galera da pesada!

O que teriam em comum bandas e artistas como Guns and Roses, Nine Inch Nails, Pearl Jam, Stone Temple Pilots, Smashing Pumpkins, Gavin Rossdale do Bush, Chris Cornell, Soundgarden,Garbage e Nirvana? Vamos por partes.

Mike Mccready, guitarrista de uma banda chamada "Shadow" nos anos 80, falava com seus amigos para saírem de Seattle, sua cidade natal, em direção à Los Angeles, onde as coisas estavam realmente acontecendo. Afinal, um baixista de Seattle que atendia pelo apelido de Duff estava fazendo sucesso em diversas casas de shows na região da Sunset Strip (Los Angeles) com sua banda Guns and Roses. Chegando na cidade, após descobrir ser portador de uma doença, Mike acaba voltando para Seattle, onde, 3 a 4 anos depois, Mike Mcready integraria o Pearl Jam. Em 2008, Mike Mccready juntou seus amigos do Shadow e Duff para tocar em um show beneficente em prol de pesquisas sobre a doença que sofre. O resto do pessoal fica pros próximos posts.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Alguém viu? Centésimo Post!

Pessoal, acabei não reparando que o centésimo post já foi! Tomei a liberdade de modificá-lo e incluir um singelo vídeo no final. Drudi e Danilinho, espero que vcs não se importem, Julio, espero que vc não se importe de eu ter usado o nome de banda que você inventou.

Acessem aqui
, e vejam a surpresa abaixo!

sábado, 23 de agosto de 2008

A estética e as belas canções dos clipes (quase) P&B nos anos 90 - Parte 3

Acabo de terminar este post, e acrescento este parágrafo inicial para dizer que foi um dos que tive mais gosto em escrever, muito disso por causa da qualidade das músicas e vídeos abaixo e pela felicidade de achá-los na internet.

Quando me lembro do programa "Lado B" nos anos 90 da MTV, alguns vídeos me veem à cabeça: "Tangerine" e "Summer" do Buffalo Tom, o clipe de estréia do Oasis,"Supersonic" , o vídeo da música "100%" do Sonic Youth , um dos primeiros clipes do Smashing Pumpkins,"Siva" e este abaixo.
Eu pouco conheço sobre a banda "Grant Lee Buffalo", inclusive eu confundia com outra banda que também passava no Lado B e que eu decidi incluir neste post de última hora, modificando a chamada do post anterior, os rapazes do "Buffalo Tom". O que eu sei é que o vocalista acabou seguindo carreira solo anos depois deste vídeo, sob a alcunha de "Grant Lee Philips". Mas lembro que o vídeo abaixo é um dos mais belos clipes de balada P&B dos anos 90.

Este clipe foi dirigido pelo fotógrafo Anton Corbijn, responsável pelas fotos do álbum "Joshua Tree" do U2, e pela direção dos clipes "One"(primeira versão), "Please","Electrical Storm" da mesma banda, além de belos clipes como "Strangelove", "Enjoy the silence" e "It's no good" do Depeche Mode (dentre outros clipes da banda), "My Friends" do Red Hot Chilli Peppers, "Heart Shaped Box" do Nirvana, "Mama Said" do Metallica, e até o clipe "Love & Tears" da modelo Naomi Campbell. Bem, vamos ao clipe.

Grant Lee Buffalo - Mockingbirds






Alanis Morissette - "Hand in my Pocket"

Após terminar este post, já compondo o próximo, percebi: como fui esquecer uma das minhas canções favoritas, de um dos melhores álbuns dos anos 90? Conheci Alanis através de seu primeiro Hit no extinto programa Top 10 EUA, a música "You Oughta Know", ainda em 95. O clipe deste post, que segue abaixo, eu vi estrear no mesmo Top 10 EUA, e vi virar um grande Hit, assim como todos os clipes que a cantora lançou deste álbum. "Jagged Little Pill" pode se juntar a grandes álbuns de estréia dos anos 90, perfeitos em sua concepção, tal como "Ten" do Pearl Jam, o disco de estréia homônimo do Garbage, e "Sixteen Stone", do Bush. O primeiro álbum da cantora canadense é tão fantástico que é um dos poucos álbuns que poderiam ter todas suas canções lançadas como clipes, tamanha é a sua qualidade. Um verdadeiro clássico.



Antes de voltarmos ao alternativo, há um belo clipe PB, quase esquecido, de um dos primeiros álbuns da cantora S heryl Crow, eu mesmo havia me esquecido.

Sheryl Crow - "Home"




Mazzy Star foi mais uma grande banda que conheci pelo programa Lado B. Vocês talvez tenham ouvido a baladinha mais famosa que eles fizeram em parceria com a banda dos anos 80, Jesus & Mary Chain, chamada "Sometimes Always". Como abri este post para além do P&B, vou postar este clipe abaixo também. Mas o motivo de Mazzy Star estar neste post é a bela balada matadora "Fade in 2 You", cuja estética de luz e sombra é bem própria da época, tal qual a balada do Bush que postarei mais adiante, ainda neste post.

Segue abaixo os 2 clipes, a simpática "Sometimes Always", pra vocês que talvez tenham ouvido no rádio mas nunca souberam quem tocava, e o clipe sexy e matador da também sexy e matadora canção "Fade Into You".

Jesus & Mary Chain feat. Mazzy Star - "Sometimes Always"






Mazzy Star - "Fade into You"





Conheci o clipe de "Glycerine" do Bush pouco antes do clipe entrar na parada da MTV brasileira da época. O vídeo posssui uma estética de luz e sombras muito próxima do clipe anterior. A música é uma das mais bacanas com violancelo que já ouvi, junto com "Dzarm" do Smashing Pumpkins e uma música chamada "Parting Ways" do pearl jam, que não tem vídeo oficial. Sem mais delongas, vamos ao vídeo:

Bush - "Glycerine"




Em plena ascenção das bandas consideradas as melhores dos anos 90, o Soundgarden lançou aquele que eu considero o melhor álbum deles em 1994, "Superunknown". A música abaixo fala sobre depressão, e o vídeo, dirigido por Jake Scott (que dirigiu "Disarm" do Smashing Pumpkins do post anterior e o primeiro clipe do bush que eu vi, "Comedown") é bem simples. A versão do clipe, inclusive, é diferente da versão do álbum, e na minha opinião e na de um amigo que também curte Soundgarden, é melhor que a do disco.

Soundgarden - "Feel on Black Days"






O clipe que fecha este post é uma balada introspectiva, poderosa, do primeiro álbum do Smashing Pumpkins, do mesmo álbum que o clipe citado no começo deste post, "Siva". Este excelente álbum, "Gish", infelizmente foi sufocado pelo lançamento do álbum que estourou o Nirvana na época, "Nevermind". Como podemos notar, a estética de luz e sombra é também bem parecida com os clipes do bush e o segundo do mazzy star acima.

Smashing Pumpkins - "Rhinoceros"





sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Centésimo Post: Dose dupla(?) 3: Wild Horses

Comemorando... 100 posts completados!

Aproveitando a aderência do Drudi ao dose dupla, temos aqui uma edição especial do dose dupla, quando ele vira dose "septupla". A música em questão eu conheci por meio de uma cover tocada no clássico show do Guns and Roses em Paris em 92, que teve participação de diversos artistas, como Lenny Kravitz, Aerosmith, etc. O GNR tocava esta cover muito mais instrumental que cantada, e a letra só vinha no finalzinho mesmo.

A música original veio pela primeira vez ao mundo no álbum Sticky Fingers dos Stones, de 1971, aquele com o cara com a mão no bolso da calça jeans, e foi composta pela dupla dinâmica dos Stones (precisa falar quem?. A música é bem parecida com esta versão atual, mais recente. Wild Horses já foi regravada por uma porção de gente boa e por gente não tão boa assim. Posto abaixo algumas versões e covers mais relevantes, começando com uma pelo grupo original:

Rolling Stones



A próxima é a cover tocada pelo GNR na turnê do Use Your Illusion,naquele histórico show de Paris:

Guns and Roses - Use Your Illusion Tour



Nos anos 90 tinha uma banda de rock muito legal chamada Bush, que fazia uma espécie de som "pós grunge". Vocês podem se lembrar da banda pelo hit "machinehead". Abaixo, segue a cover dos Stones pela voz do vocalista do Bush, Gavin Rossdale, e sua banda na época:

Bush




Nos anos 90, conheci uma bela banda com uma linda vocalista chamada Hope Sandoval. Sua banda, Mazzy Star, era figurinha carimbada no programa "Lado B" da MTV. A versão abaixo está em um dos primeiros álbuns da banda, "So tonight that I might see"

Mazzy Star




Eddie Vedder é o exemplo de cara simples e legal. Ele consegue fazer amizade com vários de seus ídolos e tocar com quase todos eles. A versão abaixo é do vocalista do Pearl Jam com os Stones. Reparem no burburinho quando ele entra:

Eddie Vedder (Pearl Jam) & Stones



Chris Cornell praticamente dispensa apresentações. Confira esta versão abaixo, do ex vocalista do Soundgarden e do Audioslave:

Chris Cornell



A última cover é de uma versão ao vivo do Garbage, banda que teve seu auge nos anos 90. Não é a melhor versão, mas vale como curiosidade:

Garbage



Por fim, para comemorar o centésimo psot, um vídeo que remete ao que estamos fazendo aqui, estamos falando de música! Forte abraço a todos, e sorte a minha ter a honra deste post!

Wagner e os Uchidas(?) - "Baba'o Riley":

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

STONE TEMPLE PILOTS EM SÃO PAULO (OU STP IN SP)

ATUALIZAÇÃO DO POST:

Os ingressos tiveram a venda suspensa temporariamente. Será que termos este grande show por aqui?

O Velvet Revolver como era se desfez, e Scott Weiland está fora, e eu nem fui ver o show dele em São Paulo. Dos males, o menor, o STp se reuniu e vai fazer show aqui em São Paulo! Confira abaixo as infos do site da Ticketmaster:

Evento:
Stone Temple Pilots
Classificação etária indicativa: 14 e 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal. Não será permitida a entrada de menores de 14 anos

Local do evento:
Credicard HallSão Paulo, São Paulo

Abertura de venda dia 20/08/08

Mais inormações: http://www.ticketmaster.com.br/shwLocalDetalhe.cfm?localID=1

Pra comemorar, porque não ficar com o clipe de Vasoline?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

EV- "Unthought Known"

Pelo que eu pude perceber, nós somos o primeiro blog a postar o vídeo da nova canção de EV, a não ser que os bloggers espertos tenham feito boas táticas para despistar o "clube 9+1 em inglês", como a boa alma que pôs este vídeo no youtube sob a alcunha de um bom ator e amigo de EV. O link segue abaixo, com um embeded melhor desta vez. Os fãs do PJ vão perceber porque este post está levemente codificado, por conta do querido "clube 9+1 em inglês". Segue abaixo também um link de mp3 do sendspace,a qualidade não está das melhores, até porque o áudio eu tirei manualmente do vídeo.
O link dura uma semana de propósito, é do sendspace, é uma aposta pra ver se alguém vai ver este post em uma semana.

Em primeira mão no Brasil, U nthought K nown, nova do E ddi e V edde r, estréia da turnê solo



Link do áudio: http://www.sendspace.com/file/yx1v9d

Mais sobre este show:

http://br.youtube.com/profile_videos?user=AvsGirl66

Dose dupla

1) Bizarre Love Triangle

Aqui em Santa Catarina, minha namorada me falou de uma rádio muito boa FM chamada Itapema FM, que fazia um programa chamado Dose Dupla. A idéia era mostrar uma mesma música sob a ótica de mais de um artista. Achei a idéia boa, e faço a estréia oficial dela aqui no blog (embora já tenhamos feito coisas parecidas aqui antes). Pra começar, um clássico dos anos 80 (dá-lhe Julião!), nas mãos do New Order e da bandinha que só ficou conhecida por este cover, Frente!. Benditas sejam as férias!
Este post vem em boa hora, comemorando a volta do blog.



1) New Order - Bizarre Love Triangle



2) Frente! "Bizarre Love Triangle"

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A estética e as belas canções dos clipes P&B nos anos 90 - Parte 2

Como eu comentei na primeira parte deste post, a estética PB não rendeu frutos apenas no período em que o "grunge" reinou. Frutos desta geração de videoclipes foram sendo gerados por toda a década de 90. Aqui, vamos ver, além do Stone Temple Pilots, outras bandas com levada mais pop, como U2, Cranberries e Collective Soul.

The Cranberries "Linger"




Antes de virar trilha de novela e de servir de trilha sonora de primeiro beijo de muitos casais, "Linger" estreou no Lado B da MTV. Uma canção tão linda não poderia passar em branco, daí para o Disk MTV (a parada da época) e a trilha de novela foi um pulo, ou um ano (digo). Este clipe tem uma fotografia muito bonita, e é ambientado em uma clima bem "noir", de filme antigo, algo entre os anos 40 e anos 50. O Cranberries gravou depois outros clipes em preto e branco, como "Ode to my Family", "When you're gone" e o misto PB e tons pasteis "Zombie", todas grandes canções dos anos 90, mas Linger foi sem dúvida a mais marcante deles. Caso vocês tenham interesse sobre os clipes das grandes canções acima, após o térnimo do clipe de Linger, há o link para vídeos do Youtube destas músicas, é só clicar e assistir.

U2 "One"



U2 - One
Colocado por djoma

O U2 tem (ou tinha?) a habilidade de fazer belas canções sobre temas que aparentemente são óbvios, mas que possuem outro significado oculto, mais profundo. Foi assim com "With or without you", que fala sobre o vício em cocaína (ou heroína, não me lembro bem agora), e com esta canção, "One", com um tema bem denso. "One" conta a história de um filho (gay, se eu não me engano) que conta para o pai que está com AIDS. O clipe possui três versões, e a primeira mal chegou a figurar pela MTV. Nesta versão, que pode ser conferida no segundo DVD de clipes da banda, os membros da banda se vestem de mulher, e o simbolismo da letra aparece de maneira mais didática. Como era inviável do ponto de vista comercial, eles chamaram um diretor para gravar uma segunda versão, mais artística. A "versão do buffalo", que pode ser conferida acima, faz parte do grupo de clipes mais bonitos que eu já vi. Infelizmente, a banda foi convencida que esta versão não seria viável, e novamente a banda gravou uma outra versão, mais conhecida por todos. A versão do bar, que circulou largamente na MTV, não diz nada à ninguém, e está abaixo do potencial que a música apresenta.

Stone Temple Pilots "Creep"




Creep é uma bela música sobre auto-estima, auto-destruição e auto-imagem. O clipe desta banda, estreante no cenário mainstream da época, é prova da sensibilidade da banda, aliada à uma estética de clip bem própria do período. Veja e reveja. Na época, eu nem havia reparado que eram os outros membros da banda no clipe, tal a descrição e boa atuação deles, natural, como se eles fossem uma família em um domingo nublado.

Collective Soul

1) Shine




Se alguém conhece esta bandinha, que gravou algumas boas canções, possivelmente é por conta do clipe e da música "Shine", que possui bons riffs e um belo solo de guitarra. Muita gente de bom gosto lembra desta música com saudade.

2) December




O Collective Soul possui clipes mais bonitos como "The World I Know", mais o clipe acima está mais encaixado com o tema deste post. Para os mais curiosos, o clipe segue abaixo.




Na continuação, algumas bandas mais alternativas (ou nem tanto), e a fuga do 100% P&B: Grant Lee Buffalo,Alanis Morissette,Sheryl Crow, Mazzy Star, Bush (a banda) Soundgarden e Smashing Pumpkins . Logo mais: Um post dedicado aos clipes do REM, P&B ou não (90's, é claro!)

domingo, 27 de julho de 2008

A estética e as belas canções dos clipes P&B nos anos 90 - Parte 1

No início dos anos 90, a música nos EUA e nas regiões de influência se voltou para o que acontecia no cenário alternativo norte americano. Cansados do Pop de Michael Jackson, de roqueiros posers da cena do hard rock do país e com a decadência vista mês após mês do Guns n´roses, que até então reinava absoluto, esta reviravolta foi capitaneada (não intencionalmente pela banda) por meio do hit "Smells like teen spirit" do Nirvana, que trouxe junto na bagagem uma porção de grupos com música de boa qualidade que tiveram a oportunidade de levar seu som à público de muitos telespectadores no mundo (lembrem-se que naquele tempo não havia a facilidade da internet). No Brasil, a MTV deu força a 2 programas que apresentavam o melhor do rock alternativo, "lado B" e "Manifesto MTV". Me lembro de gravar belos clipes da MTV na época, de bandas bem conhecidas ou não. Nesta pequena série de posts, resgato alguns destes sons. Evitem a tentação de ver apenas os mais conhecidos, separem um tempo, e vejam (ou revejam) estes clipes um a um, das bandas conhecidas ou não. São belíssimos clipes, belíssimas canções, vídeos dirigidos por gente de gabarito como Jake Scott (Bush, Smashing Pumpkins), Mark Pellington (que dirigiu clipes do PJ, Screaming Trees e a nais bela versão de "One" do u2, além do fotógrafo Anton Cobjin. Este primeiro post remete à 3 importantes bandas do rock do inicio dos anos 90: Pearl Jam, Smashing Pumpkins e Screaming Trees.

Pearl Jam "Oceans"



Pearl Jam - Oceans
Colocado por Longtimeman


É realmente uma pena que o PJ tenha passado tantos anos sem fazer videoclipes. "Oceans" é uma prova que se pode fazer um belo vídeo com um orçamento bem baixo.



Boa parte de vocês que conhecem a banda deve se lembrar do Smashing Pumpkins praticamente em final de carreira, nos idos de 97 e 98, principalmente por conta do hit "Tonight, tonight". O que as gerações mais atuais talvez não conheçam são as belas músicas como esta e "Rhinoceros", do primeiro álbum, e os riffs fortes de rock de músicas de álbuns anteriores, como "Cherub Rock". Na época em que o clipe de Disarm foi lançado, eu não sabia porque as pessoas faziam tanto alvoroço em torno da música "Black" do Pearl Jam. Eu sempre achei "Disarm" uma música muito mais bonita, e com um clipe à altura.É até hoje um dos clipes mais bonitos que eu já vi, de qualquer banda, em qualquer época.

Screaming Trees

1) Dollar bill





Screaming Trees - Dollar Bill
Colocado por lanegan


Quando alguém me pede para recordar de algo da época do "grunge", nunca é o Pearl Jam, o Nirvana ou o Soundgarden que me veem à cabeça, as 3 melhores bandas do período. O que me vem à cabeça geralmente é o hit "Would" do Alice in Chains, ou esta música do Screaming Trees. O Screaming Trees, assim como o Soundgarden, é uma banda dos anos 80 que só conseguiu ser conhecida por um público maior graças ao sucesso do Grunge. Após o sucesso, eles lançaram 2 álbuns e acabaram, leia-se os melhores álbuns da banda. Esta bela balada está em um deles, e se chama "Dollar Bill".

2) Sworn and Broken





"Sworn and Broken" é uma bela canção que está no último álbum do Screaming Trees. O clipe da música é muito bem preparado também, se vocês nunca ouviram, não deixem de conhecer a canção e o vídeo acima.

3) Mark Lanegan - "House a home"




O Screaming Trees acabou após o lançamento do último álbum da banda em 1996, e seu vocalista é mais conhecido no rock alternativo por sua carreira solo e pelo seu trabalho com o Queen of the Stone Age. "House a home" faz parte de seu primeiro álbum solo, e tanto a música quanto o clipe, de 1998, remetem aos tempos de 92 à 94 em que este tipo de música e este tipo de clipe eram feitos. Assim como "linger" do Cranberries, possui uma atmosfera antiga, só não diria Noir pois o clipe se passa durante o dia, mas as pessoas soam "anos 40 ou 50". Está na lista dos melhores clipes que já vi, e é um vídeo bem simples que conta uma história.

No próximo post: Stone Temple Pilots, U2, Cranberries e Collective Soul.

terça-feira, 22 de julho de 2008

** Vh1 Rock Honors : THE WHO !!!!

Semana passada aconteceu algo histórico no canal de Televisão americano VH1. Imagina um palco que recebe na mesma ocasião Foo Fighters, Pearl Jam, Tenacious D, Flaming Lips e Incubus tocando músicas do The Who e para abrir um show do... THE WHO!!!

Eu acompanhei essa informação desde que eram apenas rumores, e só estou postando agora que já está tudo disponivel pelos tubes da vida e etc.

Por tudo que li e vi, foi um acontecimento histórico. O Foo Fighters abriu, com o vocalista do Supergrass dando uma ajuda nos vocais, Flaming Lips teve integrande andando dentro de uma bolha para impressionar, Incubus acabou sendo uma agradável surpresa, Tenacious D surpreendeu as expectativas e prestou um tributo a altura da banda inglesa, e o Pearl Jam fechou a apresentação de bandas de abertura com Orchestra e metais com duas músicas da obra prima do The Who, "Quadrophenia".

Um detalhe antes do The Who subir ao palco: Adam Sandler (!!) tocou Magic Bus com um violão. Impressionante.

Segue o setlist:

Foo Fighters


- Young Man Blues
- Bargin

Incubus

- I Can See For Miles
- I Can't Explain

Flamming Lips

- Medley From Tommy

Tenacious D


- Squeeze Box


Pearl Jam

- Love Reign O'er Me
- The Real Me

Adam Sandler


- Magic Bus

The Who


- Baba O'Riley
- Who Are You
- Behind Blue Eyes
- My Generation
- Tea and Theatre

Quer mais?
Pra baixar o show completinho que passou na TV, entre no link e se cadastre e etc:

http://www.thetradersden.org/forums/showthread.php?t=61711

E pra dar uma palhinha de quão sensacional foram as apresentações, segue um teaser com a parte do Pearl Jam, com uma banda em chamas e Vedder com a voz afiada tocando a profunda Love Reign O'er Me, e a foda The Real Me, com direio a introdução de Sean Penn.



Poste no comentário a primeira palavra que vem na sua cabeça depois de assistir ao video inteiro acima:

Beijos,

Dan "Super 8" Reis

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Origens do blog...(Velvet Revolver: Contraband - resenha)






Eu creio que, no dia que me convidaram para fazer parte deste blog, o pdf dos arquivos acima deve ter pesado na escolha. Enviado em 2004 por e-mail para lista da faculdade e para alguns amigos próximos sob a alcunha de "mp3 dicas", o fanzine teve apenas 2 edições. A segunda está desaparecida. Segue acima, com a redação apressada original, incluindo os erros de digitação e redação originais. Clique em cada uma das figuras para abertura e leitura dos arquivos.
PS: 3 notas sobre o post:
1) 4 anos depois, a onda de fusões e aquisições no rock não vingou. O Audioslave acabou após lançar 2 discos bons, 1 mediano e 1 fraco, e a banda que surgou a partir da união dos irmãos De Leo (baixista e guitarrista do STP, respectivamente), Army of Anyone, infelizmente não foi pra frente. Notas da imprensa divulgaram que, para Richard Patrick, vocalista da banda, as vendas não compensaram e ele voltou para sua banda original, o Filter.
2) Este "post" por e-mail foi, ironicamente, premonitório. Ele começa falando que uma banda de rock não vinga quando não há amizade entre os membros da banda (citando os dissidentes do Guns e Axl), e com Scott aconteceu o mesmo. Scott não conseguiu estabelecer uma amizade com Slash, Duff e Matt, a panelinha central da banda, e ele acabou saindo do grupo. Não que ele seja a pessoa mais fácil do mundo de se lidar, mas o depoimento de Slash sobre a situação na imprensa ("...Scott não sabia, mas queríamos mandar ele embora...") mostra que não há FDPs apenas no mundo do trabalho em escritórios, o rock'n roll reserva espaço pra estes bastardos também. Especialmente se forem bastardos talentosos como Slash. Mais detalhes em um post futuro dedicado ao assunto.
3) A parceria musical só ficou melhor no segundo álbum da banda, "Liberdad". O potencial de rock grudendo e certeiro foi confirmado na faixa "Mary, Mary" deste álbum, que combina o melhor pop de Scott Weiland desde "Too Cool Quenie", do último álbum do STP, com o melhor lado "NY Dolls" de Slash, cujas influências já apareciam desde os idos tempos do Guns. Aguardem posts sobre os últimos dias de Scott no VR e a volta do STP!

sábado, 12 de julho de 2008

Come a little bit closer, hear what I have to say...

Em 1994, Kurt Cobain foi embora e chocou a todos nós. Um tempo depois,a MTV fez uma bela homenagem com Neil Young, em uma espécie de museu do rock onde estão estátuas de cera estampam réplicas de lendas como John Lennon e Jim Morrison (http://www.youtube.com/watch?v=9uJ-FFrMsEw). Eu já havia visto o vídeo de Neil com o Pearl Jam tocando "Rockin' in a free world" no VMA's de 1993 (acho), mas foi a partir desta homenagem, com uma das mais belas canções de Neil Young dos anos 70, "The Needle and The Damage Done", que passei a me interessar pelo artista. Quando fui atrás dos álbuns e das músicas, notei com frequência a música "Harvest Moon", do Cd de mesmo nome, lançado em 1992.

A música foi regravada e tocada ao vivo por uma porção de artistas, como Elliott Smith, um artista que morreu estupidamente, sem explicação.
(http://www.youtube.com/watch?v=BWDbMEcdZDs&feature=related)
O pearl jam tem tocado a música ao vivo também, tendo tocado inclusive com o próprio mestre(http://www.youtube.com/watch?v=RqbknsoZaeY).

O vídeo oficial da música pode ser conferido na url em parênteses a seguir(http://www.youtube.com/watch?v=RZw_Hr4X3dE).

Mas posso arriscar que a versão mais bela que já vi da música está na trilha do filme "My Blueberry Nights", estrelado pela charmosa Norah Jones. O filme possui uma fotografia belíssima, e uma trilha sonora que encaixa muito bem, com nuances de folk e blues. A cover da música que está no filme, interpretada pela cantora de Jazz Cassandra Wilson, inclui uma introdução com o barulho de grilos que quem mora no interior costuma ouvir a noite, e está muito bem reproduzida também na versão ao vivo, que pode ser conferida abaixo.

É uma bela e emocionante versão.

Saudades

Quem nunca sentiu saudades? Saudades é um sentimento universal. Pode ser de um amigo, de alguém que você goste, de alguém que está longe, de um ente querido que se foi, enfim.

Esta banda, do modo que existia, por acaso, se foi, e esta é uma bela cover sobre saudades.

domingo, 11 de maio de 2008

** Pearl Jam e Robert Plant - Fool in the Rain e Thank You

Com o furacão Katryna em 2005, o Pearl Jam e Robert Plant se uniram no histórico "House of Blues" em Chicago. Deste dia espetacular, que contou com apresentações das duas bandas separadas, houve algo tão histórico quanto o local. Robert Plant se juntou ao Pearl Jam no palco, para tocar versões arrasadoras dos classicos Fool in the Rain, Going to California e Thank You do Led Zeppelin (classicos pra quem realmente conhece a obra da banda, e não apenas Rock and Roll e Black Dog). Uma curiosidade é que Fool in the Rain nunca foi tocada ao vivo pelo Led Zeppelin.
Na minha opinião que pra quem me conhece sabe que é suspeita, as vozes de Plant e Vedder se completaram...os dois foram sensacionais, além de Mike McCready tocar com a alma sua guitarra, não devendo quase nada à Page.

Fool in the Rain


Thank You


Além das musicas citadas, tocaram juntos ainda "Money" do Beatles e "Little Syster" do Elvis Presley, sendo essa lançada como single de Natal pela banda no mesmo ano. Procurem no Youtube que vão achar.

Ah, de Bonus...Little Syster com audio bom!


beijos...
AHHHHHHHHHHHHHHH
e acessem meu blog...dei uma mega atualizada.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Foo Fighters & Serj Tankian - Holiday in Cambodia

Carái, pultaquipariu, cacêt!!
Não tem palavra no dicionário que eu pudesse falar perto da minha avó, que possa resumir minha empolgação ao ver esse vídeo.
Nunca soube que isso aconteceu...e foi num VMA. Incrível... Se fosse a calcinha da Britney que apareceu, ou a Amy CasadoVinho chapada no palco, com certeza o mundo inteiro saberia que aconteceu. Mas qdo os fodas do Foo Fighters, se juntam com o foda do Serj Tankian (System of a Down) e tocam a fodassa Holiday in Cambodia do fodasso Dead Kennedys... passa meio que despercebido... Enfim...ENJOY:

domingo, 9 de março de 2008

the jeff healey band

Algumas músicas a gente gosta bastante, mas por acasos da vida ficam um tempo fora do playlist do dia-a-dia. A última que eu havia "ressucitado" com muita alegria era o cover de The Jeff Healey Band para While My Guitar Gently Weeps dos Beatles. Conheci essa versão há uns dez anos atrás quando a Brasil 2000 lançou em cd uma coletânea de classic rocks sugerida por Maia e Tatola que incluia essa faixa.

Semana passada depois de um dia corrido resolvi ler o jornal antes de dormir, coisa que nunca faço, já que o jornal traz um monte de notícias que todo mundo já sabe, ainda mais às onze da noite. Na Ilustrada da Folha havia uma notinha pequena dizendo que o músico canadense Jeff Healey havia morrido de cancêr aos 41 anos de idade. Sinceramente não conhecia nada da banda, nem sabia da história. Como foi grande a coincidência de estar ouvindo todo dia no carro e a notícia da morte, resolvi pesquisar mais.

Provavelmente vocês já conhecem o cara, de qualquer maneira deixo os links para os que quiserem saber mais:
http://www.jeffhealeyband.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Jeff_Healey


Mas o que interessa mesmo é o download de While My Guitar Gently Weeps.
É muito bom, não deixem de ouvir.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Maldita "John Legend - P.D.A. (We Just Don't Care)"

Cá estou eu trampando até tarde aqui de novo. Já devo ter comentado que a Alfa, ou qqr rádio mela cueca que eles deixam de fundo aqui deve ser gravada, não é possível. E dentre as músicas que eu mais odio está a título deste post. Que porcaria d emela cueca. Musiquinha sem vergonha, uma verdadeira ode à má vontade. O cara nem canta, ele arrasta a voz, tamanho o pouco caso. Este cara merece um pescotapa por ter composto tamanha obra!

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

90´s

Percebi hoje que venho usando com frequência a expressão "isso é muito anos 90". É comum vermos uma infinidade de citações, coletâneas e materiais sobre os anos 80, por exemplo. Os estereótipos são fáceis: a década perdida, de produção cultural pobre, roupas coloridas, Aids e o final da cortina de ferro. Para os anos 90 não ficam tão claros, ninguém comenta muito.

É estranho não saber os símbolos da década em que fomos crianças, adolescentes, descobrimos o mundo e começamos a nos interessar por música.

Aguardo de vocês comentários dos símbolos culturais (música também, claro) dos anos 90. Não vale "Smell Like Teen Spirits".

Talvez a partir de 2011 a gente tenha um revival dos 90´s.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

SEATTLE NIGHT, Ledslay, 09-02-08





















Começo este post pedindo perdão aos amigos Danilinho e Fernando pelo correr da hora, eu havia me esquecido deste show marcado e de chamá-los, no próximo, dia 29 de março, neste mesmo local, ambos estão convidados.

Começando: Há algum tempo, tenho notado um movimento alternativo de bandas covers de grunge, não apenas de Pearl Jam, pipocando na cidade. Interlagos, ABC, Zona Leste, Centro, cada vez mais temos mais "Seattle Nights" em bares espalhados pela cidade. Para quem não entendeu eu explico: Seattle Nights são noites dedicadas apenas à bandas covers de Grunge e derivados, tal qual Bush, Foo Fighters e Silverchair. A grande curiosidade das Seattle Nights é o público: uma molecada adolescente que conhece muito bem as letras, dança em músicas deprimente-defunto como se fossem músicas do Ramones, e não viu estas bandas nos áureos tempos que seus clipes pipocavam na MTV.

Sobre a Led: A última vez que eu havia entrado na Ledslay, casa de rock localizada na Av Celso Garcia, ZL de São Paulo, foi nos meus idos tempos de Liceu, há 10 ou 11 anos atrás. Naquela época, a Led era frequentada por grupos mais tradicionais, motoqueiros, brigões com roupas de couro brigando com garrafas de cerveja tal qual nos filmes trash roqueiros dos anos 80 que passavam no SBT. Na área externa, havia uma mesa de sinuca e roqueiros barbudos velhões brigavam de sair na porrada mesmo. Na enorme pista, havia apenas um globo "disco music", sem qualquer DJ (pelo menos aparentemente), e cabeludos balançavam a cabeça em direção ao globo, louvando-o ao som de Iron, Motorhead e afins. Definitivamente, não era lugar pra moleque.

Passados mais de 10 anos, o cenário é outro: O globo continua lá, mas a pista já não é vazia. A Ledslay é dominada por uma garotada na faixa dos 18 anos (não passa muito disso), alguns com visual emo, muitos outros com camisetas de bandas de seatlle, tinha até camiseta do Mother Love Bone. Parece que um verdadeiro furacão (ops, plano de marketing) passou por lá e remodelou o lugar. Hoje, a Led é um local para os pais das crianças deixarem seus filhos à vontade, há um bar decente no meio da pista, com direito a geladeiras patrocinadas (Nova Schin e as boas), iluminação ambiente, e até uma cachoeira (?!) fake. O cimento batido deu lugar a uma balada de rock confortável. Na pista, alguns públicos bem definidos: casais de no máximo 21 anos, meninas novas (teriam elas 18???) de 1,40 m de altura no máximo, andando juntas, dançando músicas depressivas de Seattle como rodinhas de músicas da Xuxa em baladas Trash 80's, e, bizarramente, (não sei como explicar), dezenas de duplas de meninas formadas por uma magra e uma gorda cada (não me perguntem porque). Um fenômeno a ser estudado.

Cheguei no local às 22 horas + ou -, a banda cover de Bush, "Paradox Scene", havia começado a tocar, e o som de "Machinehead" o rock rolava solto. A banda fez um set bem bacana, com músicas dos meus álbuns prediletos do Bush, o primeiro e o último, teve até "Float" do último álbum dos caras, uma das minhas prediletas, e "Comedown", do primeiro, que me fez gostar da banda. Os caras tocavam muito bem, e foram bem profissionais. Teve até canja de "Glycerine" antes de Comedown, tal qual Gavin Rossdale, vocalista do Bush, chegou a fazer em alguns shows da banda em meados dos anos 90.

A banda seguinte, cover de STP, não merece grandes linhas. Vale uma menção honrosa por ter coragem de subir ao palco com bandas tão boas como as colegas. Parece que começaram agora. Boa sorte aos caras.

"Aurora", uma das minhas músicas favoritas do Foo Fighters, é o nome da banda cover do FF que subiu no palco na sequência. Em tempo:

1) Como foram muitas bandas (9), o setlist de cada banda foi bem reduzido.
2) Eles ainda vendem cereveja de garrafa pra tomar lá, mas os preços aumentaram (naturalmente) desde os idos tempos passados.

O show do FF foi bem balanceado, eles abriram com "All my life", tocaram músicas do Color and The Shape (Everlong), do TNLTL ("Breakout") e teve até espaço pra novidades, como "The Pretender" e "Long road to ruin", do último dos caras, resenhado neste blog. Era despedida de um vocalista e entrada de outro, então, eles tocaram com 3 guitarras.

A banda seguinte é a melhor de todas no meu gosto, e empata em fidelidade, paixão, e competência com a "Facilift", banda cover do Alice in Chains que carrega uma orda de fãs bem fiéis. O "Superunknown", banda cover do Soundgarden liderada pelo vocalista Rubens Loureiro, é um show de profissionalismo. Além da voz, potente e fiel, bem próxima à de Chris Cornell, e da guitarra, fiel e afinada como nos álbuns, a Superunknown concede um espetáculo de Soundgarden com um instrumental muito superior ao visto no show de Chris Cornell. Como homenagem ao show, Rubens e sua banda abriram com o mesmo set de músicas do início do show, com direito à "Sunshower", música da carreira solo do vocalista Chris Cornell, em versão instrumental antes de "Let me drown" esquentar a galera. O show foi excelente, e a saída do guitarrista líder da Mudhoney cover não fez falta. Tal qual Chris, a banda mandou um "Whatta' lotta love" do Led Zeppelin no encerramento, e teve também um pedaço da jam-defunto como a que Chris Cornell fez em seu Show em SP. Para quem não viu, vale muito a pena ver o show dos caras ao vivo.

A banda seguinte, Wargasm (L7 cover) foi bem divertida. As meninas mandaram bem ao vivo. Logo após as garotas, os caras do SuperFuzz (Mudhoney cover) se divertiram mais uma vez no palco. A única que eu conheço deles é "Touch me I'm sick", enfim.

Chegou a vez do Facelift. Eles são bastante profissionais, seguros de si e realmente gostam do AIC. O setlist deles não costuma variar muito, eles tocam muitas lados B desconhecidas que são admiradas pelos fãs da banda (não só do AIC, da banda cover mesmo!). O vocalista se parece fisicamente com Layne Stanley, e parece não se importar muito com qualquer coisa que não o show. Apesar dos admiradores de sua banda cover, o cara não é estrelinha. Ele atendeu à pedidos, parecia bem humorado e mandou uma "We die young". Nesta hora, a garotada mais nova deu lugar a marmanjos gigantes com sangue nos olhos pra porradaria na platéia. Um momento tenso. No final, o Facelift agradou a galera e tocou "Man in The Box" e "Would".

Os caras do Small town, banda cover de PJ que conta com integrantes do Superunknown, são bem profissionais. O show dos caras tem um som cheio, e há semelhanças engraçadas com o PJ. O vocalista faz caras e bocas como Eddie Vedder nos primeiros anos de banda, e o baixista, calvo, usa boné, e empina o baixo tal qual o baixista do PJ faz. Conseguiram agradar um fã chato de PJ (eu), com um set pouco óbvio. Abriram como "Comatose" do último ábum do Pearl Jam, tocaram "Alone" (lado B do Versus, presente na coletânia de lados B "Lost Dogs"), agradaram o grande público com clássicos como "Even Flow", "Daughter" e "Blood", dos primeiros álbuns do PJ, e , uma grande surpresa: fizeram uma cover muito bacana de "No rain" do Blind Mellow, uma surpresa para estas bandas, que se atém ao setlist (inclusive de covers) das bandas que representam.

A banda "In Utero", obviamente cover do Nirvana, foi a última a entrar no palco. Um "Kurt Cobain" magro, de óculos, e muito novo, parecia lembrar fotos de Kurt em Aberdeen, cidade natal do vocalista, combinado ao cabelo de Kurt no VMA's da MTV que eles tocaram Lithium. A voz do vocalista era bem fiel a de Kurt, e o baterista era muito bom.
A banda fez um set bem variado, com músicas dos álbuns "Bleach", "Nevermind", "Insceticide" e "In Utero", além de (chatas) Lados-b. 2 momentos que valem destaque: Quando começaram a gritar" quebra!" para que o vocalista quebrasse a guitara como Kurt, o vocal cover solta um "Quem vai pagar?". O segundo momento, no fim do show: a corda da guitarra do cara estoura, ele simplemente pede desculpas e as luzes se acendem. A garotada, que a esta altura já havia substituído os marmanjos na platéia do show do AIC, e que estava misturada aos casais do show do PJ, vai pra casa decepcionada. E a molecada deixa a noite grunge da Led sem ouvir o hino mór da coisa toda, "Smells like teen Spirit".

Ouvir muitas bandas que gosto, na mesma noite, bem fiéis por R$ 10,00: nada mal!

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domingo, 13 de janeiro de 2008

vamos a bailar

Pra começar o ano do blog com um som diferente: download completo de Rhythms Del Mundo - Buena Vista Social Club.
Versões de Coldplay, Jack Johnson, Arctic Monkeys e outros com arranjos dos músicos do Buena Vista.

No mínimo escutem Clocks do Coldplay. Vale a pena.

Baixe aqui. Está pesado porque a qualidade está bery nice.

Feliz 2008!!!

police, 08/12

Um post rápido e atrasado sobre um dos maiores e mais esperados shows de 2007: The Police.

Com preços exorbitantes e muito auê por parte da mídia, lá fui eu encarar o trio de velinhos. Pra quem nunca tinha ido ao Maracanã, o tamanho impressiona muito. O som, luzes e telões eram provavelmente os melhores que já vi na vida. De resto me senti em um DVD ao vivo: o set list idêntico e na mesma sequência que quase todos os outros show da turnê; uma banda pouco empolgada, que no máximo interagiu com as tradicionais frases em português para parecerem simpáticos e uma platéia que conhecia e cantava no máximo meia dúzia de hits.

Mas valeu a pena. Eu como fã tentei aproveitar ao máximo. De quebra levei uma tarde de sol em Ipanema com água de coco e biscoito globo na lembrança.